Cearense André Figueiredo assumirá PDT nacional e confirma partido como base de Lula
O parlamentar e atual vice-presidente pedetista substituirá Carlos Lupi, agora ministro da Previdência do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O deputado federal cearense André Figueiredo assumirá a presidência nacional do PDT a partir do dia 2 de fevereiro, em solenidade a ser realizada na sede nacional da legenda, em Brasília. Atual vice-presidente pedetista, ele substituirá Carlos Lupi, agora ministro da Previdência do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A informação foi publicada na manhã desta segunda-feira, 23, pelo colunista do O POVO Eliomar de Lima. Em dezembro do ano passado, o deputado foi reeleito líder da bancada do PDT na Câmara, por unanimidade, após decisão tomada em reunião da Executiva Nacional do partido.
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"Para mim é motivo de muita satisfação e honra. Eu que estou há 39 anos no PDT ter a oportunidade de presidir o partido no período que o Lupi está como ministro. Desafio que terei com muita honra dentro do PDT, que tem história do trabalhismo de Getúlio e Brizola", disse Figueiredo.
O deputado reforçou que uma das metas será "construir um Brasil diferente dos últimos anos" e que "fuja dessa polarização", em referência às últimas eleições presidenciais nas quais Lula teve vitoria apertada sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O pedetista garantiu que seu partido permanece na base do atual governo federal. "O PDT permanece na base. Ajudamos a eleger Lula no segundo turno", destacou.
Em outubro do ano passado, o ex-candidato à Presidência Ciro Gomes e o PDT oficializaram apoio a Lula no segundo turno da eleição, com a condição do petista incorporar quatro propostas ao seu plano de governo. À época, Lupi iniciou uma série de negociações com o candidato petista eleito.
Uma das estratégias do PDT, segundo André, também será organizar a sigla para as eleições de 2024. O objetivo é realizar ciclos regionais de formação de gestores e seminários nacionais que preparem candidatos para para assumir cargos de governo em prefeituras e no Legislativo.
Com a maior bancada eleita no poder legislativo estadual, o PDT será um dos partidos-chave para definir se o governador Elmano de Freitas (PT) contará com maioria na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE). A decisão da sigla de aderir ou não à base do governo estadual deverá ser decidida após o início das atividades do Parlamento, em fevereiro.
O PDT também tem peso na Câmara dos Deputados, onde compõe bancada com 5 parlamentares cearense. Em entrevista ao O POVO, Elmano disse apostar no apoio da maioria da bancada do Ceará no Congresso Nacional.
As demais representações ficaram por conta do União Brasil, que conseguiu quatro deputados; PT e PSD com três, cada, e Progressistas e MDB, que fizeram um, cada.
"O que nós vamos debater com a nossa bancada é aquilo de interesse do Ceará, mas, por exemplo, teremos um debate sobre reforma tributária. Efetivamente, não tenho nenhuma dúvida que a bancada do Ceará, seja dos nossos deputados federais, seja dos três senadores, vão participar desse debate, dessas decisões, preservando os interesses do Nordeste, preservando os interesses do Ceará", afirmou o governador, nesta segunda-feira, 23.
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