Quem é Wellington Macedo, cearense acusado de planejar explosão em Brasília

Blogueiro cearense já teve cargo no governo Bolsonaro e lançou candidatura nas últimas eleições

O bolsonarista cearense Wellington Macedo de Souza, de 47 anos, é um dos três réus pela tentativa de explosão de um caminhão-tanque em Brasília, realizada no dia 24 de dezembro de 2022.

Wellington é jornalista e natural de Fortaleza. Pelas redes sociais, o blogueiro utilizava o espaço para transmitir mensagens extremistas e radicais.

O jornalista acumula 59 processos por ataques a políticos e servidores da rede de ensino de Sobral, reduto político dos Ferreira Gomes. As ações questionavam as reportagens da série “Educação do Mal”, feita pelo jornalista, em que apresentava supostas fraudes nas avaliações da educação do município, conhecido por ter altos índices na área.

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Entre fevereiro e outubro de 2019, o blogueiro teve cargo comissionado de assessor na Diretoria de Promoção e Fortalecimento no Ministério de Direitos Humanos, na época comandado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

O bolsonarista também lançou candidatura para o cargo de deputado federal por São Paulo nas últimas eleições. Com o nome “Jornalista Wellington Macedo”, o cearense foi candidato pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), mas não foi eleito.

Em 2021, Macedo foi preso pela participação nos atos de 7 de setembro, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por incitar violência e atos golpistas.

O extremista cumpria a pena em prisão domiciliar e utilizava tornozeleira eletrônica. Durante a campanha eleitoral e nos atos políticos em que participava, Wellington exibia normalmente o item.

Na véspera do Natal, o empresário George Washington de Oliveira Sousa foi preso após confessar que colocou uma bomba em um caminhão-tanque que iria em direção ao Aeroporto de Brasília. A Polícia Civil investigava o envolvimento de outras pessoas no ataque, pois George Washington frequentava o acampamento bolsonarista mobilizado em frente ao Quartel-General do Exército.

Por meio das câmeras de segurança, a polícia conseguiu identificar dois dos três participantes do crime. Nas imagens, é possível perceber Wellington e o outro acusado, Alan Diego dos Santos Rodrigues, passando de carro pelo local.

A partir da tornozeleira do cearense, a polícia pôde investigar e monitorar a localização de Wellington no dia do crime.

O jornalista retirou o item de maneira ilegal e, atualmente, segue foragido. No dia 30 de dezembro, Wellington, que já estava foragido por também ter sido acusado de envolvimento nos ataques à sede da Polícia Federal em Brasília, gravou um vídeo em que pedia dinheiro para os seguidores. 

 

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