Bolsonaro gastou R$ 55 mil em única ida a uma padaria

Alimentação foi o segundo setor que mais gerou despesas para o cartão corporativo de Bolsonaro

Alimentação foi o segundo maior gasto de Jair Bolsonaro (PL) com cartão corporativo ao longo de quatro anos de gestão, perdendo apenas para hospedagem. O ex-presidente destinou cerca de R$ 240 mil por mês, em números atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com o fornecimento de alimentos durante o Governo.

Os gastos foram publicados em resposta a um pedido feito pela agência Fiquem Sabendo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Entre os gastos, chama atenção os milhares dispendidos, em únicas visitas, a padarias e restaurantes.

No dia 26 de outubro de 2021, o ex-chefe do Executivo gastou R$ 109 mil, cerca de R$ 116 mil atualizado pelo IPCA, no restaurante Sabor de Casa, localizado em Boa Vista (RR), sob o nome de Roberta Silva Rizzo. No local, os preços das marmitas vendidas variam entre R$ 16 (versão econômica) e R$ 20 (versão tradicional).

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Por 20 vezes ao longo do mandato de Bolsonaro, foram realizados gastos significativos em uma padaria carioca, identificada como Ipanema. As notas fiscais variam de R$ 880 (menor valor) a R$ 55 mil (maior valor), com média de R$ 18 mil.

Ao todo, o estabelecimento recebeu R$ 362 mil do cartão corporativo da presidência. Um dos gastos – de R$ 33 mil – foi no dia 22 de maio de 2021, na véspera de uma motociata realizada no Rio de Janeiro. Foi o segundo ato político com motociclistas em menos de 1 mês, já que em 9 de maio, o ex-presidente saiu de moto percorrendo as ruas de Brasília.

A terceira maior transferência referente à alimentação foi no dia 3 de janeiro de 2021. Bolsonaro destinou R$ 61 mil, cerca de R$ 65 mil, atualizados pelo IPCA, na padaria São Francisco do Sul, em Santa Catarina. O pagamento foi liberado no dia 3 de janeiro de 2022, quando foi internado ainda na madrugada em um hospital em São Paulo.

Ele estava de folga em Santa Catarina e foi levado, por volta das 1h30min, para o Hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição, Zona Sul de São Paulo. A suspeita era de uma nova obstrução intestinal.

Na cota de alimentação, houve espaço para R$ 8,6 mil em sorveterias e cerca de R$ 408 mil em peixarias. Não é proibido gastar com esse tipo de estabelecimento, mas o recurso deve ser usado para ações fundamentais ao governo, principalmente em deslocamentos.

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