Quem é Serere Xavante, indígena cuja prisão motivou atos violentos em Brasília

Apoiador de Bolsonaro, o cacique teria questionado o resultado das eleições e realizado atos antidemocráticos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta segunda-feira, 12, a prisão temporária do cacique José Acácio Serere Xavante, de 42 anos, acusado de promover atos antidemocráticos e incitar crimes. No mesmo dia, a prisão do indígena motivou grupos bolsonaristas a realizarem atos de vandalismo em Brasília

Natural de Poxoreu, em Mato Grosso, e filiado ao partido Patriotas, o pastor evangélico e líder indígena já foi candidato a prefeito de Campinápolis (MT) em 2020, mas não foi eleito. 

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O cacique é apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e, pelas redes sociais, já fez declarações de caráter antidemocrático. Em vídeo, Serere Xavante afirmou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tomaria posse do governo. 

Além de questionar o resultado das eleições deste ano, o indígena teria incitado pessoas armadas a impedir a diplomação dos candidatos eleitos e, em novembro, já chegou a direcionar ameaças à Alexandre de Moraes ao afirmar que tiraria o ministro do STF "pelo pescoço".

Serere Xavante também teria realizado manifestações golpistas em vários locais de Brasília, como no Congresso Nacional, no Park Shopping, no Aeroporto Internacional de Brasília, na Esplanada dos Ministérios e no hotel onde estão hospedados Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

Ao solicitar a prisão temporária ao STF, a Procuradoria Geral da República (PGR) justificou que o indígena utiliza "da posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso".

Após a prisão, o cacique gravou um vídeo na sede da Policia Federal pedindo para que os bolsonaristas parem com o conflito.

"Eu quero pedir que os senhores não venham fazer conflito, briga ou confronto com autoridades policiais. A nossa luta não é contra as pessoas humanas, é contra potestades espirituais. Deus abençoe a todos, em nome de Jesus. É uma ordem!", pediu.

 

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