Sumido até do WhatsApp, Bolsonaro mantém silêncio que surpreende aliados

Muito ativo antes da eleição, Bolsonaro só fez quatro publicações nas redes sociais

O sumiço do presidente Jair Bolsonaro (PL) das redes sociais e das atividades desde o resultado das eleições foi notada pelo público, mas tem surpreendido até mesmo os aliados do presidente. Bolsonaro teria diminuído significantemente suas mensagens no WhatsApp, dito por pessoas próximas, como a comunicação preferida do chefe do Executivo.

Os bastidores são da jornalista Andréia Sadi, que conversou com ministros do Governo. Segundo eles, o recolhimento de Bolsonaro é fruto de um inconformismo por ter perdido e da preocupação com seu futuro judicial, bem como de seus aliados.

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Um dos ministro chegou a dizer à jornalista que Bolsonaro parece viver em um "mundo paralelo" à realidade. "E tem o outro, o paralelo, dos "Allan dos Santos, das [Carla] Zambellis... que faz muito barulho, dizendo que não vai deixar ninguém subir a rampa [do Planalto], mas que não leva a lugar algum. Talvez, na verdade, os leve para o banco dos réus", ressalta um dos ministro do governo Bolsonaro.

Muito ativo antes da eleição, Bolsonaro só fez quatro publicações nas redes sociais. Foram duas no Twitter, uma foto em um evento eleitoral e uma mensagem informando todos os perfis oficiais de Bolsonaro nas redes. Já no Instagram, há um vídeo em que ele pede que seus apoiadores desobstruam as rodovias, que também se repete em outras plataformas, além de uma foto segurando uma bandeira brasileira. 

Bolsonaro tem delegado funções básicas e foi descrito como "abatido e depressivo". No entanto, nem todos os aliados acreditam que a reclusão de Bolsonaro seja um estado "emocional". Na quarta-feira, 16, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) disse que Bolsonaro se afastou das atividades oficiais após contrair uma doença dermatológica.

O diagnóstico seria uma erisipela [infecção de pele] na perna.O ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, que concorreu como vice na chapa de Bolsonaro, afirmou que o presidente "vai voltar logo". Ele disse que Bolsonaro "está bem" e "se recuperando de uma infecção".

Nas duas semanas seguintes ao pleito, Bolsonaro ficou sete dias sem compromissos na agenda. O presidente esteve pela última vez no Palácio do Planalto, que é a sede do Governo, no dia 3 de novembro, quando teve uma rápida conversa com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). A maioria das atividades de Bolsonaro aconteceu do Planalto da Alvorada, a residência oficial da Presidência.

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