Saiba quem são os empresários alvos de operação da PF por supostas mensagens golpistas

Operação foi realizada no Ceará e mais quatro estados

Empresários em cinco estados brasileiros foram alvos de mandados de busca e apreensão em uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira, 23. Eles são investigados por defender, em um grupo de Whatsapp, um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito nas eleições presidenciais de 2022.

As buscas foram autorizados por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e realizadas em ao menos dez endereços residenciais, localizados nos estados do Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. As informações são da Folha de S. Paulo. Entre os alvos, estão:

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  • Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu): cearense dono da rede restaurantes com faturamento anual de mais de R$ 1 bilhão.
  • André Tissot (Grupo Serra): gestor da empresa gaúcha com especialidade em vendas de móveis de luxo.
  • Ivan Wrobel (Construtora W3): proprietário da construtora especializada em imóveis de alto padrão.
  • José Isaac Peres: dono da rede de shoppings Multiplan.
  • José Koury: gestor do shopping Barra World e com larga atuação no mercado imobiliário.
  • Luciano Hang (Havan): proprietário da rede de lojas do setor varejista
  • Marco Aurélio Raymundo (Mormaii): dono de uma das principais marcas de artigos de surfwear do País.
  • Meyer Nigri (Tecnisa): gestor da empresa do ramo do mercado imobiliário

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo, a ordem para as investigações foi expedida pelo ministro ainda na sexta-feira, 19, quando supostas mensagens golpistas foram reveladas pelo jornal Metrópoles.

Relembre o que teriam dito os empresários

Além da defesa de um golpe caso Lula vença o presidente Jair Bolsonaro (PL), o Metrópoles revelou que os empresários fizeram ataques sistemáticos ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a reportagem, José Koury, dono do shopping Barra World, teria levantado o assunto e afirmado que: “Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”.

O assunto teria começado por volta das 17h23min daquele dia. “Quero ver se o STF tem coragem de fraudar as eleições após um desfile militar na Avenida Atlântica com as tropas aplaudidas pelo público”, teria dito Ivan Wrobel, da W3 Engenharia, depois de se apresentar como eleitor de Bolsonaro, desde a época em que ele era deputado federal.

A ideia de Ivan foi compartilhada por Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii, que teria falado: “O 7 de setembro está sendo programado para unir o povo e o Exército e ao mesmo tempo deixar claro de que lado o Exército está. Estratégia top e o palco será o Rio. A cidade ícone brasileira no exterior. Vai deixar muito claro”.

As palavras de teor golpista seguiram quando Raymundo compartilhou três mensagens consecutivas respondendo à intervenção feita por Koury. “Golpe foi soltar o presidiário!!!”, “Golpe é o ‘supremo’ agir fora da constituição!” e “Golpe é a velha mídia só falar merda”, disse segundo o Metrópoles.

Afrânio Barreira, dono do Grupo Coco Bambu e um dos leitores públicos de Bolsonaro, teria compartilhado uma figurinha com um rapaz aplaudindo a mensagem pró-golpe de Koury. Mais tarde, o conteúdo ainda foi comentado por André Tissot, do Grupo Sierra, afirmando que “o golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo” e “[Em] 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais”.

De acordo com a reportagem, os comentários dos empresários seguiram com ataques às pesquisas e urnas eleitorais eleitorais, direcionados também ao ministro Alexandre de Moraes, que é presidente do TSE. Na época, os gestores negaram defender um golpe de Estado caso Lula fosse eleito presidente.

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