Emerson Fittipaldi disputa vaga no Senado da Itália em partido de extrema-direita
A candidatura foi anunciada nesta segunda-feira, 15, em comunicado à imprensa, por meio do partido Fratelli d’Italia
O ex-piloto e bicampeão de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi, vai concorrer a uma vaga no Senado da Itália, nas eleições parlamentares de setembro no país europeu. A candidatura foi anunciada nesta segunda-feira, 15, em comunicado à imprensa, por meio do partido Fratelli d’Italia, sigla de extrema-direita fundada em 2012.
A legenda é presidida desde 2014 por Giorgia Meloni, ex-ministra da Juventude entre 2008 e 2011 durante governo do primeiro ministro Silvio Berlusconi. Integrante da Câmara dos Deputados da Itália desde 2006, liderou movimentos jovens de outros partidos de direita, como Alleanza Nazionale e Il Popolo.
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“Estou muito feliz em concorrer ao Senado Italiano por meio das eleições parlamentares de setembro. Já tenho várias propostas desenhadas e todas elas têm como objetivo promover ações ligadas aos brasileiros em terras italianas, tanto ligadas à cultura quanto ao esporte. Espero ter o apoio dos cidadãos ítalo-brasileiros e dos meus queridos amigos da América do Sul”, disse Emerson em comunicado.
Natural de São Paulo, o ex-piloto é neto de imigrantes oriundos de Trecchina, cidade com cerca de 2,5 mil habitantes na província de Potenza, na região da Basilicata. Por isso, o candidato possui direito à cidadania italiana.
O ex-piloto defende o Direito de Sangue da Cidadania Italiana jus sanguinis (ou seja, para descendentes), a promoção do esporte como ferramenta de integração a ítalo-descendentes e a admissibilidade imediata de atletas descendentes de italianos em ligas esportivas, reconhecendo-os como cidadãos italianos Ele defende o reconhecimento automático na Itália de diplomas de descendentes na América do Sul, além da possibilidade de um acordo de reciprocidade de ordens de categorias profissionais, como CRM (médicos), OAB (advogados) e CREA (engenheiros e arquitetos), entre outros.
A eleição parlamentar na Itália acontece em 25 de setembro, após uma crise política no país. O pleito, inicialmente previsto para o primeiro semestre de 2023, foi antecipado a pedido do presidente Sergio Matarella após o pedido de renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi, que entregou o cargo após a perda do apoio da base governista.
Desde 2006, a Itália elege representantes no exterior. Até 2018, a América do Sul tinha direito a quatro vagas na Câmara dos Deputados e duas no Senado, porém, uma reforma política aprovada em 2020 reduziu este número pela metade.