Veja as repercussões da morte da militante de esquerda Rosa da Fonseca

Atualizada às 18h34min

Governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT) manifestou pesar nas redes sociais pela morte da militante de esquerda Rosa da Fonseca. Ela faleceu nesta quarta-feira, 1º, aos 73 anos, em decorrência de um câncer no ovário.

"Recebi com muito pesar a notícia da morte da professora e ex-vereadora Rosa da Fonseca. Mulher de luta, foi representante de movimentos sindicais e sempre guiou sua atuação pela igualdade dos direitos aos mais necessitados", escreveu a governadora.  

"Além disso, desafiou a Ditadura Militar com muita bravura. Meus sentimentos a todos os familiares, amigos e admiradores de Rosa da Fonseca", complementou.

O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), também se manifestou após morte da militante histórica.  

“Perdemos uma mulher de luta. A história de vida de Rosa da Fonseca tem como sinônimo um permanente compromisso com a defesa do seu povo. Uma mulher de fibra que desafiou regimes ditatoriais e que soube, como poucos, fazer da luta política um sacerdócio de muita fé para a organização de mulheres e de homens que sempre acreditaram e buscaram a fraternidade e a justiça!”

Presidente do PT de Fortaleza, o vereador Guilherme Sampaio afirmou em postagem no Instagram do Crítica Radical que Rosa é inspiração para milhares de militantes "que sempre encontraram na Rosa um baluarte de força, resistência e compromisso radical com a emancipação humana. Nosso abraço aos militantes da Crítica Radical em nome do PT Fortaleza." 

Embora no campo da direita conservadora, o deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) mantinha boa relação com Rosa. Ele afirmou que conviver com ela foi uma "bela experiência", independentemente de posições políticas. "Sempre convivemos muito bem(a ponto de eu ganhar um apartamento em rifa promovida por ela). Lamento seu falecimento! Desejo que Deus conforte os corações dos amigos e familiares", escreveu no Twitter.

O vereador de Fortaleza, Gabriel Aguiar (Psol), disse em postagem do O POVO que "Rosa sempre foi a força que colocava nosso bloco na rua, vai seguir sendo. Profundamente grato por tudo que aprendi com ela, estava na espectativa de visitá-la para desejar melhoras... Nos emocionamos em seu aniversário mês passado sem a sua presença... Sem palavras, Rosa. Muito obrigado por tudo. Rosa presente. Sempre."

Autor do ensaio biográfico de Rosa da Fonsêca (Edições Demócrito Rocha), o jornalista e colunista do O POVO, Érico Firmo, afirmou que "mesmo os maiores desafetos hão de reconhecer nela alguém que sempre se moveu por profunda convicção no que acredita, sem jamais colocar ambições pessoais à frente." 

E adicionou na coluna no O POVO+ (leia aqui): "Esse desapego e a falta de ambições pessoais de Rosa, aliados à entrega às causa e convicções, não têm paralelo na política do Ceará."

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