Lula sobre Bolsonaro: "Vive enganando gente boa da igreja evangélica"

Além das críticas a Bolsonaro, o petista disse que Doria "não tem passado, nem presente, nem futuro político" e que o ex-deputado Arthur do Val faz parte de uma ala de jovens desengajados pela política

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou adversários políticos durante discurso em evento na cidade de Heliópolis, em São Paulo. Ele falou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é "desqualificado moralmente" e "vive enganando gente boa da igreja evangélica". As declarações foram feitas no feriado de Tiradentes, 21, no evento que tinha por objetivo incentivar o voto do público de 16 a 18 anos.

“Temos hoje um estimulador do ódio e da discórdia, que não prega nenhum sentimento de paz. Vive enganando muita gente boa da igreja evangélica, dizendo que ele é o bem, que ele é o representante de Deus, e que quem não está com ele é comunista e é o mal. O Brasil nunca teve um presidente tão desqualificado moralmente”, disse.

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O pré-candidato a presidente pelo PT criticou também a estratégia de radicalização do discurso conservador do qual Bolsonaro se mune. “Ele se alimenta do ódio que ele e a família dele transmitem todo dia pelo 'fake news'. Um presidente que conta sete mentiras todo dia não tem compromisso com a verdade. Ele vive num mundo de mentiras que ele construiu para chegar a presidente da República”, afirmou.

No momento em que falava sobre o acesso ao ensino superior, citando ações da época em que era presidente, Lula aproveitou o ensejo para criticar a postura de Bolsonaro em relação à educação. “Uma das maiores tristezas que eu tive nesse país era a gente ter o (Fernando) Haddad candidato a prefeito, o (Gabriel) Chalita candidato a vice do Haddad, e o povo de São Paulo votou no João Doria (PSDB). Qual é o critério que induz uma pessoa a deixar dois educadores de fora e eleger alguém que é uma pessoa que não tem nem passado, nem presente e certamente não tem futuro político”, disse em relação à eleição de 2016.

Mais uma vez em direção a Bolsonaro, Lula declarou que, se o PT tivesse perdido a disputa presidencial para outro candidato, não teria se importado. “Não precisava ter votado no Haddad ou em mim. Que votassem numa pessoa que tivesse qualificação moral, sentimento de respeito e de solidariedade. Alguém que se dispusesse a distribuir livros e não distribuir armas, falar em amor e não em ódio. Você não tem que comprar fuzil. Tem que tirar o título e mudar a história”.

Outra figura política que não escapou das críticas do petista foi o ex-deputado Artur do Val, o "Mamãe, Falei". Segundo Lula, a decepção das pessoas com o parlamentar, que renunciou depois de fazer declarações machistas, foi fruto da despolitização do voto. “Vamos ver o que aconteceu com o cara que foi deputado aqui em São Paulo e chamava 'Mamãe, Falei'. Pega o discurso dessas pessoas na campanha. Se você não analisar o histórico das pessoas e a vida das pessoas, você pode estar sempre pondo a raposa para tomar conta das galinhas”, declarou.

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