Em diálogo com MDB, Wagner diz não acreditar que Eunício apoiará nome ligado a Camilo ao governo

Em evento para anuncia sua ida para a presidência do União Brasil no Ceará, o pré-candidato ao governo estadual disse ter conversado com o emedebista na última semana para tentar uma aproximação

O deputado federal licenciado e pré-candidato ao governo estadual, Capitão Wagner (Pros), afirmou, nesta quarta-feira, 16, que está mantendo um forte diálogo com o ex-senador Eunício Oliveira e as lideranças do MDB. Em evento para anunciar sua ida para a presidência do União Brasil no Ceará, o parlamentar comentou que esteve em diálogo com o líder emedebista na última semana, acompanhado do deputado federal Moses Rodrigues (MDB), que deve se filiar ao UB nos próximos dias.

"A conversa com Eunício está boa, a gente esteve semana passada na casa dele, eu e o deputado Moses Rodrigues. O Moses já tem posição definida que está com a gente, mas o partido ainda não tem. A gente teve uma conversa muito boa semana passada", disse Wagner, na Assembleia Legislativa. Sem detalhar o tom do diálogo, o pré-candidato avaliou que Eunício reconhece ter sido prejudicado no momento em que tentou se aliar à base do governo em anos anteriores.

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"Eu não tenho autorização de dizer o que escutei da boca do senador, mas ele tem consciência do prejuízo que ele teve na carreira política dele a partir do momento que ele deixou o nosso grupo de oposição pra ir pra base do governo. Essa consciência ele tem, ele fala publicamente e eu não acredito que ele vá continuar do lado de um grupo que o prejudicou em pelo menos duas oportunidades", ressaltou o dirigente do UB-CE.

Em 2018, após liderar a bancada de oposição a Camilo Santana, resultado  da derrota de Eunício ao Palácio da Abolição, ainda em 2014, o MDB não se declarou mais pertencente à ala opositora ao petista na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), três anos passados desde o racha do grupo. No mesmo ano, mesmo apoiado pelo grupo governista, o ex-presidente do Senado deixou o Congresso após duas décadas. Ele foi derrotado nas eleições, sendo superado por Cid Gomes (PDT) e Eduardo Girão (Podemos).

Atualmente, aliado do governador Camilo Santana (PT) e entusiasta da campanha do ex-presidente Lula (PT), Eunício responsabiliza aliados de Ciro pela sua derrota e mantém oposição aos Ferreira Gomes no Ceará. Sobre a posição do ex-senador, Wagner completou: "Ele sabe que isso aconteceu. Então é legítimo que ele queira permanecer lá. Eu vou respeitar demais. Mas eu estando na condição dele não permaneceria", opinou o parlamentar.

Após uma série de estratégias para tentar viabilizar uma candidatura ao Governo do Ceará e ainda sem saber quem o MDB local apoiará na disputa para governador, Oliveira deve fazer oposição ao grupo governista e se lançar candidato a deputado federal pelo MDB. Nos bastidores, emedebistas têm ficado mais próximos de Wagner, como é o caso do deputado Moses Rodrigues. 

Nesta quarta, o ex-vice-prefeito de Fortaleza, Gaudêncio Lucena, esteve no evento do União Brasil na Assembleia. Nos corredores, o empresário conversava com o deputado estadual Walter Cavalcante (MDB).

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