Pressionado, Mario Frias cancela viagem à Rússia e explica gastos em NY

Na transmissão, Frias disse que ele e o seu adjunto estavam desenvolvendo uma instrução normativa (IN) relacionada à Lei Rouanet

Prestes a ir para a Rússia com mais quatro assessores, o secretário especial da Cultura, Mario Frias, foi orientado a cancelar a viagem. Segundo o Estadão, a ordem partiu da Presidência da República, que decidiu por uma comitiva mais enxuta. O presidente Jair Bolsonaro (PL) parte nesta segunda-feira, dia 14, para visitas de Estado a Moscou e a Budapeste (Hungria). 

Viajariam com Frias o secretário-adjunto, Hélio Ferraz de Oliveira, o chefe de gabinete, Raphael Azevedo, o secretário de Fomento, André Porciúncula, e o secretário de audiovisual, Felipe Cruz Pedri.

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Neste domingo, 13, o secretário fez uma live nas redes sociais para comentar sobre a recente polêmica envolvendo sua viagem para Nova York em dezembro do ano passado. A viagem foi classificada como “urgente” pela secretaria e, segundo o Diário Oficial da União, o ministro estaria na região para divulgar um “projeto cultural envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte”. Para ir até lá, o secretário despendeu R$ 39 mil.

Na transmissão, Frias disse que ele e o seu adjunto estavam desenvolvendo uma instrução normativa (IN) relacionada à Lei Rouanet. “O objetivo foi conversar com o mercado da Broadway porque é um mercado que se autossustenta”, argumentou. O secretário também alegou que os valores pagos pelas passagens são os praticados pelo mercado e que, para economizar, dividiu o quarto do hotel com Oliveira.

O roteiro, no entanto, foi alvo de um pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU) pelo Ministério Público (MP). O subprocurador-geral do MP junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, quer que o tribunal averigue “se a viagem custeada com recursos públicos possuía razões legítimas para existir atendendo ao interesse público ou se serviu para atender – às escusas da lei – interesse personalíssimo e privado”.

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