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Ciro bate em Lula, Bolsonaro e Moro; pedetista fala em taxação de fortunas e fim da reeleição

A proposta do ex-juiz de criar um tribunal anticorrupção, numa tentativa de evocar o período em que a operação Lava Jato era pouco questionada, fez com que Ciro o associasse ao ideário nazista

No lançamento da pré-candidatura a presidente do País, em Brasília, Ciro Gomes (PDT) definiu negativamente os adversários Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Sergio Moro (Podemos). Um vídeo de promoção da pré-campanha do político disse que o primeiro é a "crueldade do presente", o segundo, representante das "ilusões do passado". Ao terceiro, o ex-juiz federal, ficaram reservadas as críticas mais incisivas. Não à toa. É Moro quem está imediatamente à frente dele, estacionado em terceiro lugar, nas últimas pesquisas de intenção de voto.

Ciro Gomes disse em entrevista coletiva que não acha que Moro vá disputar mesmo o mais alto cargo eletivo do Brasil. Mas, no caso de a previsão estar errada, afirmou que o ex-ministro de Bolsonaro não é um mero adversário político, mas um inimigo da República. Lembrou ter feito advertência similar sobre o atual presidente.

A proposta do pré-candidato do Podemos de criar um tribunal anticorrupção, numa tentativa de evocar o período em que a operação Lava Jato era pouco questionada, fez com que Ciro o associasse ao ideário nazista. 

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Para o trabalhista, a concepção sustentada por Moro é, na prática, espécie de "tribunal de exceção" próprio de regimes totalitários. As críticas se estenderam ao que se convencionou chamar de lavajatismo - do qual Moro é principal expoente.  "Agora estou tentando advertir que há um inimigo da República, não um adversário político, tentando subtrair a liberdade do povo brasileiro."

No campo da economia, falou para mais de um tipo de receptor. Se comprometeu com o equilibrio fiscal, mas atacou o teto de gastos, para ele uma anomalia exclusivamente brasileira e que penaliza os estratos mais necessitados da população. Ele se comprometeu a taxar grandes fortunas, lucros e dividendos, por meio de uma reforma tributária.

É a razão pela qual ele tem dito que Lula é intérprete de um "esquerdismo de goela", por não ter promovido alterações no que determina a desigualdade social no País. Ele igualou os últimos presidentes brasileiros, citando Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula e Bolsonaro. Disse que não será exagero dizer que os três se repetiram na condução econômica.

Enfatizou a diferença entre setor produtivo e setor financeiro, este comumente classificado por ele como o "baronato" e o "rentismo". Ao primeiro, afirmou que a restauração da capacidade de consumo das famílias (a proposta de livrar brasileiros do SPC e Serasa retorna à cena) animará a economia que, por sua vez, incentivará a produção industrial. Ao segundo grupo, prometeu redução das facilidades históricas.

Uma proposta política que recebida com surpresa foi o fim da reeleição. Embora diga em tom crítico que o mandato de presidente é na prática de oito anos, com um plebiscito no meio, que seria a reeleição, o político não havia dado protagonismo ao tema como fez em Brasília.


 

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