Deputados do PDT demonstram apoio à fala de Camilo sobre aliança com PT

Para o presidente estadual do PDT, deputado federal André Figueiredo, apesar dos partidos terem candidaturas nacionais diferentes, tal aliança no Ceará é "possível e indispensável"

Um dia após o governador Camilo Santana (PT) se mostrar como um entusiasta da manutenção da aliança que governa o Ceará, que tem como composição central PT e PDT, deputados pedetistas saíram em defesa da união. Já os petistas procurados pelo O POVO - José Guimarães, Luizianne Lins e Airton Cirilo - silenciaram diante dos questionamentos sobre a manutenção da parceria entre os partidos.

Nesta quinta-feira, 9, o chefe do Executivo afirmou que, "no Estado", a integração entre as siglas está “cada vez mais consolidada, sólida e forte”. Camilo disse ainda que "as intrigas que tentam colocar entre o PT e o PDT, elas não vão vingar". 

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Para o presidente estadual do PDT, o deputado federal André Figueiredo, apesar de os partidos terem candidaturas nacionais diferentes, tal aliança é “possível e indispensável”. "Eu acho com certeza que é possível e indispensável para o estado do Ceará a manutenção dessa aliança. No Parlamento, nós dialogamos muito bem e, lógico, temos projetos muito semelhantes”, avalia.

Segundo o parlamentar, o Ceará já passou por uma situação semelhante em 2018, quando o PT tinha o candidato Fernando Haddad e o PDT partia nas eleições com Ciro. “Eu acho plenamente possível que a gente consiga manter essa aliança, porque ela é indispensável para a continuidade desse processo que vem dando certo há 15 anos”, completou André.

A lógica também é acompanhada pelo deputado federal Idilvan Alencar (PDT). “É bom lembrar que isso já aconteceu na outra eleição. O Ciro foi candidato a presidente, o Lula foi candidato até aquele momento que não pode mais, e a aliança regional se manteve”, destacou o parlamentar.

"Faço coro à fala do governador Camilo Santana e reafirmo a importância da aliança entre PT e PDT, uma aliança que tem construído um projeto que tem feito o Ceará avançar em todas as áreas”, disse o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT). O pedetista é um dos quatro pré-candidatos do partido à sucessão de Camilo em 2022.

Procurado pela reportagem, os deputados federais José Airton Cirilo e Luizianne Lins não se manifestaram até o fechamento desta matéria. Ambos estão entre as lideranças locais que defendem uma candidatura própria para a sucessão de Camilo diante desavenças do partido com Ciro Gomes e os demais Ferreira Gomes.

Já o deputado federal José Guimarães, que ajudou a viabilizar a aliança entre PT e PDT no Ceará, também não se manifestou. Em maio deste ano, o petista chegou a afirma que, se postura agressiva de Ciro contra Lula perdurar, a união entre as duas siglas no Ceará "trincará e ficará comprometida". Vereadores do PT na Câmara Municipal de Fortaleza, entre eles, Guilherme Sampaio e Larissa Gaspar, também foram contatados, mas não responderam até a publicação dessa matéria. 

No âmbito nacional, Ciro e Lula mantém uma forte tendência de afastamento. Camilo, apesar de achar que a questão não atrapalha o plano local, reconhece "desafios enormes".

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