Mulher detida por xingar Bolsonaro em rodovia nega tê-lo chamado de "noivinha do Aristides"

A expressão seria uma referência a um apelido recebido pelo presidente durante seus anos na ativa do Exército, e ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter após o caso

Os advogados da mulher detida no último sábado, 27, por xingar o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma rodovia em Resende (RJ), afirmaram que ela não se referia ao presidente ao falar "filho da puta", mas sim ao engarrafamento no local devido à presença do político. Ainda segundo os defensores, ela também não teria chamado o mandatário de "noivinha do Aristides", conforme circula nas redes sociais. A expressão seria uma referência a um suposto apelido recebido pelo presidente durante seus anos na ativa do Exército.

"Ela não conhece e nem mencionou qualquer coisa sobre o termo "noivinha do Aristides", conforme vem sendo noticiado. Sua expressão de indignação ocorreu de forma espontânea, como ocorre diariamente no país que se encontra severamente polarizado", afirmou a defesa

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Em nota, os advogados Marcello Martins dos Santos e Luiz Augusto Guimarães da Costa relatam que a mulher, profissional da área da saúde e cujo nome não foi divulgado, seguia com a família para Aparecida (SP) quando se deparou com um enorme congestionamento na rodovia. Naquele momento, Bolsonaro passava pela via e acenava para os motoristas apoiadores.

"Num momento de grave estresse em decorrência do engarrafamento e por tudo o que enfrentou em sua vida profissional durante a pandemia, num momento de desabafo, exclamou a expressão 'filho da puta'", afirmam os defensores, em nota enviada ao UOL.

Ainda segundo a nota, a mulher está "apreensiva e temerosa" com a repercussão do caso. O processo corre em segredo de Justiça.

No último sábado, 27, uma mulher de 30 anos foi detida por supostamente ter xingado o presidente Jair Bolsonaro enquanto ele acenava aos motoristas na Via Dutra, antes de participar da cerimônia de formatura dos cadetes da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), em Resende (RJ).

Segundo apuração da Folha, a mulher foi detida a mando do próprio presidente Bolsonaro. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) abordou o carro e encaminhou o caso a agentes da PF (Polícia Federal), que estavam no local.

A mulher foi levada para a delegacia de PF, onde prestou depoimento e foi feito o registro de um termo circunstanciado pelo crime de injúria. A mulher foi liberada após assumir compromisso de comparecer em juízo.

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