Governo federal cancela encontro com motoristas dias antes da greve de caminhoneiros

Segundo o deputado federal bolsonarista Nereu Crispim (PSL-RS), o cancelamento da reunião se deve a um ruído na comunicação entre os que estariam presentes no encontro

A Secretaria Especial de Articulação Social do governo federal cancelou, de última hora, a reunião que teria com líderes dos caminhoneiros nesta terça-feira, 26, com a Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas e ainda representantes da categoria. A desistência acontece às vésperas da greve da categoria, prevista para 1º de novembro.

O encontro seria para ouvir as principais demandas dos motoristas e chegar a um acordo.  Descontentes com os aumentos dos combustíveis e com as propostas do governo para o setor, caminhoneiros decidiram manter a paralisação e confirmar sua realização em nota conjunta de representantes da categoria, divulgada na última quinta-feira, 21. 

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A ideia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de criar um auxílio para atender 750 mil caminhoneiros autônomos não foi suficiente para a categoria. O presidente anunciou a medida sem detalhar o valor do benefício, fonte dos recursos, nem tempo de duração do apoio.

O preço do combustível subiu 37,25% em agosto na comparação com o mesmo período do ano passado. Nesta segunda-feira, 25, a Petrobras comunicou que vai reajustar mais uma vez os preços da gasolina e do diesel aos distribuidores. 

Segundo o deputado federal bolsonarista Nereu Crispim (PSL-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, o cancelamento da reunião se deve a um ruído na comunicação entre os que estariam presentes no encontro.

O interlocutor das negociações sobre pautas de caminhoneiros afirmou à Folha de S.Paulo que o presidente e o ministro da Economia, Paulo Guedes, “só trabalham para banqueiro e investidor da Bolsa de Valores”. Segundo Crispim, o Auxílio Diesel de R$ 400 é "esmola"

"Caminhoneiro não faz nada com R$ 400, com diesel na média de R$ 4,80. Os R$ 400 propostos pelo presidente não atendem às demandas dos caminhoneiros. Manteremos nossas demandas e greve em 1º de novembro”, afirmou o organizador da paralisação de 2018, Wallace Landim, popularmente conhecido como Chorão.

 

 

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