PF aponta ligação de Allan dos Santos com invasor do Capitólio em pedido de prisão

Em representação que embasou pedido de prisão, PF cita ligação de Allan dos Santos com Jonathon Owen Shroyer, processado por participar da invasão ao congresso norte-americano no início deste ano

Na decisão que determinou a prisão preventiva do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), citou um trecho da representação da Polícia Federal que aponta vínculo entre o blogueiro e um invasor do Capitólio. O documento cita ligação de Allan com Jonathon Owen Shroyer, processado por participar da invasão ao congresso norte-americano no início deste ano.

A PF afirmou que o jornalista se mudou para os Estados Unidos recentemente e aderiu à tese de que houve fraude nas eleições dos Estados Unidos de 2020, quando Donald Trump disputava a reeleição contra Joe Biden e saiu derrotado. De acordo com a corporação, a teoria tem servido de "base de argumentação utilizadas" por bolsonaristas para questionar o sistema eleitoral brasileiro.

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"Nesse ponto, identifica-se articulação de Allan dos Santos com pessoas diretamente envolvidas na invasão ao Capitólio americano em 06 de janeiro de 2021, inclusive utilizando o canal de Jonathon Owen Shroyer (processado por participar dessa invasão) para reiterar e reverberar, dessa vez em solo americano, a difusão de teorias conspiratórias voltadas a desacreditar sistema eleitoral brasileiro, instituições e/ou pessoas", diz a PF no pedido de prisão. O trecho foi transcrito por Moraes em sua decisão.

A ordem de prisão contra Allan foi assinada por Moraes no último dia 5 e tornada pública nesta quinta-feira, 21. O magistrado determinou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que dê "início imediato" ao processo de extradição do administrador do portal Terça Livre. O magistrado determinou ainda que o mandado de prisão seja incluindo na lista de Difusão Vermelha, da Interpol

Allan dos Santos é investigado no Supremo em dois inquéritos, o das fakes news e o da mílicia digital. O primeiro apura a divulgação de notícias falsas e ataques aos ministros da Corte. O outro investiga a atuação de uma suposta milícia digital que trabalha contra as instituições democráticas.

A suspeita é de que essas ações podem ser financiadas com recursos públicos a partir de sua interlocução com a família Bolsonaro e parlamentares bolsonaristas.

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