Flávio Bolsonaro diz que Calheiros cometeu ao menos "20 crimes" na CPI e defende arquivamento de relatório

O senador Flávio Bolsonaro afirmou que o relator da CPI da Covid teria cometido cerca de 20 crimes durante o desenrolar da Comissão e saiu em defesa do arquivamento do relatório

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) continua suas críticas aos trabalhos da CPI da Covid e ao relatório final da Comissão, de autoria do relator Renan Calheiros (MDB-AL). Em entrevista ao programa Jornal da Manhã, nesta quinta-feira, 21, o filho 01 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), disse ter elencado “20 crimes que teriam sido cometidos por Calheiros no dia a dia da CPI” e defendeu o arquivamento do relatório apresentado no Senado.

De acordo com o jornal, existe a previsão de uma reunião entre o governo Bolsonaro e o advogado-geral da União, Bruno Bianco, para o ingresso de uma ação pedindo o arquivamento do texto. Quando questionado a respeito, Flávio Bolsonaro afirmou que “não tem a menor dúvida de que isso vai acontecer''.

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“Acho difícil isso não acontecer. A AGU é quem defende o presidente da República e alguns ministros, segundo a lei. Eu próprio muito rapidamente elenquei 20 crimes que teriam sido cometidos por Renan Calheiros no dia a dia da CPI. Só em relação à Lei de Abuso de Autoridade são seis crimes que ele pode ter cometido. Isso sem falar em crimes do Código Penal e do estatuto da OAB, até de Lei de Segurança Nacional, quando ele difama e ataca o presidente da República de uma forma completamente injusta, ilegal e abusiva”, afirmou o senador.

De acordo com Flávio, a assessoria de seu gabinete já está elaborando um fundamento para ser entregue à Procuradoria-Geral da República para que o órgão se encarregue de tomar “as providências que achar cabíveis”. “Se eu fosse o PGR, eu indeferia ou arquivaria de cara, porque ele é sustentado e baseado em ataques ao presidente, que não podia ser o objeto de uma CPI”, argumentou durante a entrevista.

Segundo aliados próximos ao chefe do Executivo, Bolsonaro não poderia ser investigado por uma Comissão de Inquérito Parlamentar do Senado. Apoiadores do presidente defendem que a instalação de uma CPI para apurar possíveis crimes do governo e da presidência é uma medida “inconstitucional”.

O membro do Patriota também avaliou a possibilidade do relatório da CPI da Covid ser enviado ao Tribunal Internacional de Crimes de Guerra ou Tribunal de Haia. Para Flávio, o único intuito desta ação seria “gerar desgaste”, além de procurar “causar repercussão na imprensa lá fora”. “Até isso a CPI consegue atrapalhar o Brasil”, disparou.

O relatório indiciou Bolsonaro por nove crimes e ainda incluiu seus três filhos: Carlos, Eduardo e o próprio Flávio. Em sua defesa, o senador afirmou “ser óbvio” que nem ele, nem seus irmãos, “muito menos o presidente da República”, haviam cometido “nenhum tipo de crime". Para Flávio, “a CPI atrapalhou e gerou um espetáculo lamentável e triste”.

“No meu ponto de vista, a CPI trouxe menos do que nada. Eu tenho a convicção de que a forma como o dia a dia era tocado na CPI, sem dúvida alguma, desencorajou muita gente a querer ajudar de uma forma mais direta e efetiva nessa pandemia. Você imagina um empresário que quisesse comprar respiradores, comprar oxigênio e equipamentos de proteção individual, o medo que ele teve de se ver sentado na cadeira e ser torturado psicologicamente como várias pessoas foram”, reforçou o filho do presidente.

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