Em Pernambuco, Bolsonaro busca polarização em discurso e diz que PT só concluiu obras no exterior

Presidente foi ao Sertão de Pernambuco para a inauguração do Ramal do Agreste, obra que faz parte da transposição do Rio São Francisco

Em Sertânia, no Sertão de Pernambuco, para a inauguração do Ramal do Agreste, etapa do Projeto de Integração do Rio São Francisco, nesta quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) buscou a polarização no seu discurso, fazendo críticas aos governos do PT e ao ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de não citar diretamente o seu nome.

Bolsonaro alegou que o seu governo se deparou com uma série de obras inacabadas oriundas das gestões anteriores do PT. "Agora, o PT realmente foi muito bom, acabou excelentes obras fora do brasil, com dinheiro nosso do BNDES. É metrô em Caracas, é porto em Cuba, aeroporto em Angola e tantas e tantas obras em países comunistas e socialistas. Nós não queremos isso mais para o nosso Brasil", disse.

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O presidente tratava sobre obras executadas pela empreiteira Odebrecht no exterior financiadas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nos governos de Lula.

O chefe do Planalto falava sobre a atuação do relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), quando fez referência a Lula. No momento, fechou uma pasta que estava segurando, e fez um gesto com as palmas das mãos abertas, mostrando apenas nove dedos. Lula perdeu um dos dedos quando ainda exercia a profissão de metalúrgico.

"E aquele cara vem dizendo que quer Renan Calheiros presidindo o senado com a eleição dele à presidente da República. O povo brasileiro sabe o que passou ao longo desses 14 anos, o que foi um governo basicamente envolvido em corrupção, do primeiro ao último dia dos seus governos", afirmou Bolsonaro

Após a afirmação, os presentes no local entoaram as palavras de ordem: "A nossa bandeira jamais será vermelha". Bolsonaro também recorreu ao simbolismo das cores verde e amarela, utilizada pelos seus apoiadores nas manifestações e até mesmo nos nomes de programas do governo, como o Casa Verde Amarela.

"Nós escolhemos o caminho mais difícil. Mas sabemos que na ponta da linha vem a gratidão, vem o reconhecimento, vem o carinho de vocês, e o carinho maior que nós vemos são as mudanças das cores que se vê pelas ruas do Brasil. Cada vez mais o verde e amarelo simbolizando a esperança, o progresso e a honestidade, deixando para trás o vermelho da corrupção, do descaso e do retrocesso. Isso não vai mudar. Cada vez mais verde e amarelo para todos nós", disse.

Participaram do evento os ministros do Turismo, Gilson Machado, do Trabalho e da Previdência Social, Onyx Lorenzoni, do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, além do líder do governo no Senado Federal, Fernando Bezerra Coelho (MDB).

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