Alcolumbre pode adiar sabatina de Mendonça por mais 2 meses e inviabilizar indicação

Com o atraso para agendar a sabatina do indicado do presidente ao STF, o Congresso entraria em recesso em dezembro, o que inviabilizaria a aprovação de Mendonça ainda este ano.

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) pode adiar a sabatina de André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Supremo Tribunal Federal (STF), por mais dois meses e, assim, inviabilizar a indicação. As informações foram repassadas por senadores aliados de Alcolumbre na resistência da aprovação de Mendonça para o STF, à coluna da jornalista Mônica Bergamo.

Com o atraso para marcar a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que tem Alcolumbre como presidente, o Congresso entraria em recesso em dezembro, o que acabaria inviabilizando a aprovação do ex-ministro da Justiça ainda este ano.

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Em 2022, ano de eleições, se Bolsonaro continuar em baixa nas pesquisas de intenção de voto, suas relações com os parlamentares podem ser prejudicadas. Neste cenário, a indicação do mandatário ficaria cada vez mais afetada. De acordo com o que revelou um dos apoiadores de Alcolumbre, caso ameaçado de perder as eleições, Bolsonaro não teria mais a força necessária para “enfiar seu candidato ao Supremo goela abaixo no Senado”.

Em contrapartida, os aliados do mandatário também intensificaram a pressão sobre o presidente da CCJ para pautar a sabatina. Líderes evangélicos, apoiadores da indicação de Mendonça por ser “terrivelmente evangélico”, ameaçam fazer campanha contra Alcolumbre no Amapá alegando que o senador persegue religiosos.

O congressista se manifestou em nota e declarou que não aceitará ser “ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado com o aval ou a participação de quem quer que seja”. Alcolumbre, que é da religião judaica, também afirmou estar sofrendo “agressões de toda ordem” e negou acusações de travar a sabatina de Mendonça por “troca de favores”.

“Agridem minha religião, acusam-me de intolerância religiosa, atacam minha família, acusam-me de interesses pessoais fantasiosos. Querem transformar a legítima autonomia do presidente da CCJ em ato político e guerra religiosa”, declarou o senador.

De acordo Alcolumbre, a Constituição estabelece que a nomeação para ministro do Supremo não é um “ato unilateral e impositivo” do presidente da República, mas sim, um ato complexo, com a “participação efetiva e necessária” do Senado.

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