Greve dos caminhoneiros: por que está ocorrendo e o que se sabe até hoje

Paralisação foi registrada em estradas de 15 estados do Brasil. Porém, há tendência de enfraquecimento do movimento, principalmente após recuo de Bolsonaro. Afinal, por que está ocorrendo a greve dos caminhoneiros e o que se sabe até hoje

Caminhoneiros bolsonaristas bloqueiam rodovias desde o dia 7 de Setembro, data escolhida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores para manifestação pró-governo que foram às ruas de todo o País. Assim como nos atos antidemocráticos promovidos no feriado da Independência, os motoristas se manifestam contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sob ameaça de greve.

O Ministério de Infraestrutura informou na quarta-feira, 8, que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está atuando para desmobilizar bloqueios. A previsão, segundo nota da pasta, é garantir o livre fluxo nas rodovias, com a tendência de fim das mobilizações.

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Greve dos caminhoneiros vem perdendo força

Alguns caminhoneiros ainda resistem, mas a paralisação vem perdendo força por falta de apoio do próprio presidente da República . Na noite de ontem, 8, Bolsonaro gravou um áudio fazendo apelo pelo fim do bloqueio, afirmando que a ação prejudica a economia e os mais pobres. A autenticidade do registro precisou ser confirmada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ante a incredulidade de apoiadores que defendem a permanência.

Segundo informações da PRF, na quarta-feira, 8, paralisações foram registradas em estradas de ao menos 15 Estados. São eles: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Roraima, São Paulo e Pará.

 

No começo da tarde de hoje, quinta-feira, 9, o número de estados já caiu para cinco. A tendência de desmobilização se intensifica ainda mais após recuo de Bolsonaro, que publicou nota se redimindo sobre discurso golpista levantado na manifestação do dia 7.

Ontem, em Brasília, mais de cem caminhões na Esplanada dos Ministérios foram usados para pressionar pela derrubada do bloqueio que dá acesso ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso Nacional. Os automóveis são identificados como de empresas do agronegócio de Goiás, Santa Catarina e São Paulo. 

Greve dos caminhoneiros e o impacto no abastecimento no Brasil

Diante do impacto na circulação de produtos no País, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) articula corredores logísticos para escoamento de mercadoria com intuito de evitar desabastecimento.

Conforme boletim informativo do Ministério da Infraestrutura, seis corredores para liberação de produtos e mercadorias de primeira necessidade foram abertos em cinco estados, dos 15 que registraram protestos.

Os pontos de escoamento de cargas foram abertos no início da manhã de hoje, 9, a e seguirão enquanto durarem os protestos.

Greve dos caminhoneiros: quem é o responsável pelo movimento?

Um dos responsáveis por incitar a mobilização é o bolsonarista Zé Trovão, considerado líder dos caminhoneiros. Ele está foragido no México após mandado de prisão solicitado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e determinado pelo ministro STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes na última sexta-feira, 3 de setembro.

Zé Trovão é acusado de organizar manifestações violentas contra o Congresso Nacional e a Suprema Corte, por meio das redes sociais. A despeito do recuo de Bolsonaro, o caminhoneiro insiste na mobilização e convocou invasão a Brasília em vídeo mais recente. 

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