Reverendo chora em depoimento à CPI: "Peço desculpas ao Brasil"
O religioso admitiu havia uma expectativa de a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) receber uma doação ao intermediar o acesso da empresa Davati ao Ministério da Saúde.O reverendo Amilton Gomes de Paula chorou durante seu depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira, 3. O religioso pediu “desculpas ao Brasil” e disse que o maior erro que cometeu foi ter se aproximado dos representantes da Davati Medical Supply. Mais cedo, ele admitiu durante oitivia que havia uma expectativa de a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) receber uma doação ao intermediar o acesso da empresa Davati ao Ministério da Saúde.
Reverendo Amilton chorou durante depoimento à #CPIdaCovid. "Eu queria trazer vacina para o Brasil. Eu tenho culpa sim, eu peço desculpa ao Brasil, o que eu cometi não agradou aos olhos de Deus. Peço perdão aos senadores" pic.twitter.com/nZyqVt4c5m
— Jogo Político (@jogopolitico) August 3, 2021Seja assinante O POVO+
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Gomes negociou 400 milhões de doses da Astrazeneca em nome do governo federal, mesmo após a própria farmacêutica ter informado que a venda do imunizante se daria apenas por meio de contratos diretos, sem intermediários. O aval da negociação foi concedido pelo então diretor de Imunização do Ministério da Saúde Lauricio Monteiro Cruz.
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Porém, o reverendo evitou mencionar integrantes do governo federal em relação às tratativas com a Davati. Em mensagens, o cabo Luiz Paulo Dominguetti citou o envolvimento de Jair Bolsonaro e da primeira-dama nas negociações com a entidade comandada pelo reverendo Amilton.
“O maior erro que eu cometi foi ter aberto a porta da minha casa [para os representantes da Davati]. Eu tinha perdido um ente querido. Eu queria vacina para o Brasil. Eu tenho culpa sim. Hoje de madrugada, antes de vir para a CPI, eu dobrei os meus joelhos e orei e peço desculpas ao Brasil. O que eu cometi, não agradou aos olhos de Deus”, disse Amilton.
“Quem me conhece, sabe que eu dou o meu sapato, minhas roupas… Eu vendi o meu carro para dar para a igreja e esse erro que eu cometi, se eu pudesse voltar, eu voltaria. Peço perdão a todos os deputados e todos os senadores. Jamais eu fraudei ou tirei algo de alguém”, completou o religioso.
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