Bolsonaro: "Eu sempre fui do Centrão. É o que eu tenho para governar"

O presidente destacou ainda ainda não ser possível aprovar projetos no Congresso Nacional sem os votos dos políticos do bloco

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retomou sua defesa a sua aliança com o Centrão nesta segunda-feira, 2. O pronunciamento foi dado ao comentar a última reforma ministerial, que teve, entre as primeiras mudanças, a nomeação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil.

“É fácil, de forma pejorativa, acusar o Centrão. E outra: eu sempre fui do Centrão, eu sempre fui do PP, raramente estive fora de partido fora dessa sigla. Agora, não podemos simplesmente aceitar que o Centrão está fora do destino do Brasil. Então, é o que eu tenho para governar. Eu tenho me dado muito bem com essas pessoas. Ou querem que vá procurar o apoio do PT, do PCdoB, do PSol, da Rede, do Cidadania? É fácil falar, né?", disse Bolsonaro em entrevista à Rádio ABC, de Novo Hamburgo (RS).

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— Jogo Político (@jogopolitico) August 2, 2021

Formado por partidos de centro e centro direita, o Centrão foi alvo de críticas de Bolsonaro e seus assessores durante a campanha eleitoral em 2018. No mesmo ano,o presidente disse que dirigentes do Centrão representavam a "alta nata de tudo o que não presta no Brasil”. Agora, na tentativa de emplacar sua candidatura, o mandatário busca apoio do bloco.

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Nesta segunda, Bolsonaro destacou que a busca pelo Centrão deve-se pelo objetivo de, por exemplo, promover uma reformulação no Bolsa Família. O objetivo é que o valor médio do benefício seja ampliado, passando de R$ 192 para R$ 300. A estratégia e uma das já visadas para sua companha de reeleição em 2022.

“Em 90% do que eu quero fazer em Brasília, eu dependo do Parlamento, como, por exemplo, agora eu preciso corrigir o Bolsa Família. A média está em R$ 192. Como eu vou corrigir? Porque a inflação está aí, disse o presidente. 

O chefe do Executivo nacional reinterou ainda não ser possível aprovar projetos no Congresso Nacional sem os votos dos políticos do bloco parlamentar. Ele defendeu que as mudanças implantadas nos ministérios visam ao “melhor funcionamento do Poder Executivo”. “Olha, senta na minha cadeira aqui e governe sem o voto de mais metade dos parlamentares, que estão aí do dito Centrão. Governe sem eles”, disse.

 

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