Novo protesto contra Bolsonaro é antecipado para o próximo dia 13 de julho

O movimento “Povo na Rua”, que organiza os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em todo o Brasil desde o dia 19 de maio, marcou um novo ato para o dia 13 de julho, uma terça. A convocação ocorre após o andamento da privatização da Eletrobras, viabilizada por uma MP (Medida Provisória) aprovada no Congresso nesta segunda, 21, e da aprovação do PL (Projeto de Lei) que altera a demarcação de terras indígenas na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.

“Ocuparemos as ruas em defesa dos povos indígenas, contra as privatizações e pelo Fora Bolsonaro”, diz o chamado.

Na última terça-feira, 22, os organizadores anunciaram um novo protesto para o dia 24 de julho, um sábado; a data se mantém. Segundo foi divulgado, o objetivo da mobilização do dia 13 é pautar alguns temas específicos e reforçar o protesto previsto para o final do próximo mês. Os locais e horários também devem ser anunciados em breve.

Nesse sábado, dia 19, cidadãos se reuniram contra o governo nos 26 estados e Distrito Federal. Foi o segundo protesto organizado em pouco mais de um mês. De acordo com os organizadores, porém, a intenção dos próximos atos é aumentar a pressão sobre o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) para que o impeachment contra o presidente Bolsonaro seja colocado em votação.

A estratégia foi discutida após Lira sinalizar em entrevista ao O Globo que não pretende pautar o impedimento. Na conversa, o deputado afirmou que impeachment é um crime político, que o número de mortos pela Covid no Brasil (atualmente pouco mais de 500 mil) não é motivo suficiente e que falta "circunstância". A declaração despertou reação dos líderes da campanha "Fora, Bolsonaro", que reforçaram a palavra de ordem sobre pressão contra Lira.

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