Ex-aliados de Bolsonaro e esquerda se unem em superpedido de impeachment

Nomes como Joice Hasselmann e Alexandre Frota se juntam a partidos mais à esquerda no espectro político em pedido que será protocolado na próxima quarta, 30

Em ação conjunta, partidos, movimentos sociais e políticos ex-aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) organizam um superpedido de impeachment que deve reunir mais de 20 crimes de responsabilidades cometidos pelo presidente. Estão envolvidos nomes como Joice Hasselmann (PSL-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP), e representantes de partidos de esquerda.

Em reunião nesta quinta-feira, 24, os organizadores decidiram por protocolar o documento na próxima quarta-feira, dia 30. Presidentes do Psol, PT, PDT, PSB, PCdoB, Rede, UP, PV e Cidadania têm liderado as discussões. Segundo foi decidido, na quarta, a entrega será acompanhada de um ato na Câmara dos Deputados, em Brasília, às 14h30min.Estarão presentes movimentos que fazem parte da mobilização, como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), além de parlamentares engajados no pedido.

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O relatório reúne os mais de 100 pedidos de impeachment acumulados desde a gestão do deputado Rodrigo Maia (sem partido-RJ) na Presidência da Câmara, e visa aumentar a pressão sobre o atual presidente Arthur Lira (PP-AL) para que o tema seja votado. A tentativa é demonstrar a Lira que se trata de uma iniciativa suprapartidária, para que este considere avaliar as acusações.

A entrega do documento também marca uma nova etapa das mobilizações contra o presidente, que estão nas ruas desde o dia 29 de maio. O movimento “Fora, Bolsonaro” pauta o impeachment do presidente em protestos que criticam a gestão da pandemia e a escassez de vacinas. Novos atos inclusive já estão marcados para os dias 13 e 24 de julho, em todo o País.

A deputada do Psol Fernanda Melchionna (RJ) adianta que os indícios de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin, que ganharam os holofotes nos últimos dias, não foram apontados no relatório, visto que o material reúne um conteúdo que já vinha sendo debatido e estava mais maduro. Ela afirma, porém, que nada impede que a negociação compra do imunizante seja posta posteriormente, com o decorrer do debate.

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