Huck descarta candidatura à Presidência em 2022 e deve assumir lugar de Faustão na Globo

O apresentador Luciano Huck, 49, abriu o jogo sobre seu futuro na rede Globo e na política brasileira. Em entrevista com Pedro Bial, nesta terça-feira, 15, Huck descartou a possiblidade de candidatura à Presidência em 2022. Isso porque deve assumir o lugar de Fausto Silva na emissora, em novo programa no horário nobre.

Já Faustão encerrará no fim de 2021 seu contrato com a emissora após 32 anos. Ele deve migrar para a Band a partir de 2022. Huck está na Globo há 21 anos e comanda atualmente, aos sábados, o Caldeirão do Huck. Pela carreira, ele já vinha sendo apontado como sucessor de Fausto no horário nobre do domingo.

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Durante a conversa, ele ressaltou que vai continuar no cenário de debate político e não descartou disputar o cargo no futuro. Huck afirmou ainda que nunca lançou candidatura, embora ele e aliados estivessem se movendo nos bastidores. "Eu não saio mais do debate público. Vou estar no debate público para sempre. Gosto desta arena, do debate das ideias. Acho que a gente tem que que superar o que tanto nos atrapalha hoje em dia, que é essa divisão do país, essa polarização, essa raiva que se criou entre quem pensa diferente", disse.

Ele afirma ainda que espera contribuir para um "país mais justo" e que pretende fazer isso assumindo o horário nobre da emissora aos domingos. "Tenho certeza que eu posso contribuir muito para o país estando nos domingos da Globo e fazendo um programa que se conecte com as pessoas, que ouça as pessoas, que traga a esperança de volta e resgate nossa autoestima. Mas isso não quer dizer que eu esteja fora do debate público", ressaltou.

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Sobre uma futura candidatura, Huck não descartou a possibilidade: "Pedro, o futuro a Deus pertence. Eu nunca tive medo de nenhum desafio na minha vida. E eu quero contribuir".

Huck votou em branco em 2018

Huck revelou a Bial que votou em branco nas eleições de 2018. "Acho que naquela circunstância é o que eu deveria ter feito e fiz com bastante tranquilidade", disse, comentando sobre a disputa que tinha Bolsonaro( hoje sem partido) e Fernando Haddad (PT). Segundo apresentador, na época, nenhum dos dois candidatos o representava. "E achei melhor votar em branco. Foi o que eu fiz. Eu não me arrependo, eu votei em branco e votaria em branco de novo", ressaltou ainda.

Sobre sua ausência no pleito, a justificativa foi achar que não seria um gesto responsável entrar na disputa naquela vez. "Em 2018, eu disse não [à candidatura] porque o sistema estava sofrido, o establishment estava derretido. Talvez tivesse uma oportunidade ali. Mas eu não consigo enxergar um cargo dessa responsabilidade, desse tamanho, como uma oportunidade. Isso seria uma irresponsabilidade", afirmou.

O apresentador também foi perguntado sobre o cenário político atual. Ele se esquivou de algumas perguntas  e preferiu não citar nomes, defendendo ser o momento para ideias. "Dar nome aos bois seria fulanizar as soluções dos problemas. É jogar o debate numa vala mais rasa."

Com informações do Gshow e da Folha de S.Paulo 

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