Após bate-boca com Aziz, Girão aumenta o tom e acusa CPI de "palanque político para 2022".

O senador cearense disse que o G7, grupo de senadores de oposição e independentes que forma a maioria do colegiado, realizou um "acordão" antes da sessão desta terça-feira, 26, sem a sua inclusão.

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) falou sobre o bate-boca com o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM) durante sessão para votar requerimentos para convocação de governadores e prefeitos nesta quarta-feira, 25. Elevando o tom contra a condução da comissão, ele acusou o presidente e o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), de parcialidade e tentativa de promover "palanque político para 2022". 

Na sessão desta quarta, o presidente da CPI chegou a chamar Girão de “oportunista” após o senador cobrar a convocação de prefeitos de capitais. “Infelizmente a gente vê aí um festival de agressividade, né? Uma tendência à blindagem a prefeitos, que estavam na lista inicialmente e depois saíram”, disse Girão.

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O parlamentar cearense acusou a comissão de agir "pela parcialidade cada vez mais escandalosa". "Está subindo em cima de 450 mil mortos brasileiros para fazer palanque político para 2022, que eu acho isso uma desumanidade, uma covardia com o povo que sofre as consequências da pandemia na área da saúde, na economia e com fome". 

Durante entrevista coletiva, o parlamentar afirmou que o momento fez parte de um "espetáculo horroroso" de agressão ostensiva. "Eu hoje, particularmente, fui agredido pelo presidente da CPI que sempre respeitei mesmo divergindo desde o início, porque eu fui candidato a presidente e queria fazer algo imparcial para evitar essa parcialidade que a gente vê hoje", completou. 

Sobre a polêmica que envolveu Aziz, Girão afirma que os senadores independentes e da oposição fizeram um "acordão" de quem seriam os prefeitos e governadores a serem chamados. "Chegaram na hora da reunião e disseram 'agora vamos combinar com independente e governista'. E aí iniciou a sessão e fechou a sessão e fomos para uma sala conversar", disse.

"Ele (Aziz) depois levou para que nós referendássemos e eu levantei e não concordei porque eu achei que deveria cumprir pelo menos as operações da Policia Federal que tiveram em estados e municípios. E só começaram com governadores e as grandes capitais que estavam divulgadas. As que tiveram operação da PF foram descartadas", reclamou Girão.

O parlamentar reclama da não entrada do Consórcio Nordeste nas investigações. Desde o início da CPI, Girão defende que o o grupo realizou a "compra de 300 respiradores da indústria da maconha", os quais nunca foram entregues.

"E eu questionei 'olha, porque não inclui o Consórcio Nordeste?’ Já que a gente tem várias informações sobre isso. O que custava aceitar o pedido para trazer o Dr. (Carlos) Gabas, que é o coordenador e teve esses escândalos. Infelizmente existe aí essa tendência de blindagem forte", alegou. 

 

 

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