À TV americana, Lula diz estar pronto para disputar Presidência caso partidos e aliados o apoiem

Em tom de brincadeira, o ex-presidente afirmou que, quando chegar outubro do próximo ano, 2022, terá um ano a mais que o presidente dos EUA Joe Biden quando ganhou as eleições norte-americanas

Nesta quinta-feira, 13, o ex-presidente Lula concedeu entrevista ao programa NewsHour, da rede norte-americana PBS. Ao ser questionado pela jornalista Amna Nawaz sobre a possibilidade de assumir uma candidatura para Presidência da República em 2022, visto a publicação do Instituto Datafolha em que aparece à frente do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o petista disse que, caso "esteja 100% saudável" e tenha apoio partidário, já está pronto para disputar o pleito. 

Em primeira resposta à jornalista, Lula disse que, no momento, o foco é o combate ao coronavírus no Brasil, o qual considerou ser ainda "uma questão de segurança pública". "Agora estamos chegando no inverno e talvez chegue uma nova onda. Eu espero que não. Eu peço a Deus que não volte de novo tão forte. Mas temos que cuidar do povo, não das eleições. Quando chegar a hora de discutir as eleições, nós vamos discuti-las. Por isso, a pandemia é nossa principal prioridade agora", afirmou. 

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Ao ser perguntado mais incisivamente sobre a existência de um candidato melhor que ele para desafiar Bolsonaro, o petista lembrou que não disputou as eleições de 2018 devido a "uma farsa judicial" e que, atualmente, não há nenhum processo judicial que o impeça. "Agora, se, neste momento, eu tomar a decisão de que vou concorrer, se meu partido, meus aliados concordarem que eu teria 100% saúde, se tiver 100% saudável, então poderei concorrer", adiantou.

Em tom de brincadeira, o ex-presidente afirmou que, quando chegar outubro do próximo ano, 2022, terá um ano a mais que o presidente dos EUA Joe Biden quando ganhou as eleições norte-americanas. Ele então disse: "Então, estou pronto para ser candidato no próximo ano".

Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou seus processos na Lava Jato, Lula tem conversado com dirigentes de vários partidos, do Centrão à esquerda, para garantir um amplo leque de apoios. Na última sexta-feira, o ex-presidente encerrou uma "tour" de articulações políticas por Brasília, com vistas às eleições de 2022.

O objetivo principal foi atrair o apoio de forças do chamado Centrão, que hoje estão próximas de Bolsonaro. Na mesma semana, ele teve uma extensa agenda de reuniões com senadores e  recebeu a bancada do PT no Senado, os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Kátia Abreu (Progressistas-TO) e o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE).

Confira a entrevista:

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