Girão assina requerimento de instalação da "CPI do Bolsolão"

Para ser protocolado no Senado, pedido precisa ter pelo menos 27 assinaturas. Investigação pretende apurar suposto esquema em que parlamentares governistas foram beneficiados por uma espécie de "orçamento paralelo"

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) assinou, na manhã nesta quarta-feira 12, o requerimento de autoria do parlamentar Roberto Rocha (PSDB) que pretende instalar a "CPI do Bolsolão". A investigação pretende apurar o suposto esquema orçamentário, revelado pelo jornal Estadão, em que parlamentares governistas foram beneficiados por um chamado “orçamento paralelo” em troca de apoio no Congresso. O caso também já foi batizado de "Tratoraço", em razão do valor de compra de tratores bem acima do preço praticado pelo mercado. 

Em manifestações durante a gestão Bolsonaro, Girão já chegou a criticar o que considera ser “barganha”, que vai na linha da "velha política” e do “toma lá, da cá”.

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Para ser protocolado no Senado, são necessárias pelo menos 27 assinaturas. Até às 12h desta quarta, assinaram o documento:

1. Roberto Rocha (PSDB)
2. Alessandro Vieira (Cidadania)
3. Alvaro Dias (Podemos)
4. Styvenson Valentim (Podemos)
5. Eduardo Girão (Podemos)
6. Jorge Kajuru (Podemos)
7. Leila Barros (PSB)
8. Randolfe Rodrigues (Rede)

Ao menos dois requerimentos já foram apresentados no Congresso pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o que vem sendo chamado de “Bolsolão”. Outro requerimento é encabeçado pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP) e está em fase de recolhimento das assinaturas necessárias para a instalação da CPI - ao menos 171 (um terço dos parlamentares).

Contudo, a instalação de uma CPI depende de decisão final do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que é aliado de Bolsonaro. No caso da CPI da Covid, a comissão só foi instalada por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cumpriu a ordem judicial, mas nunca manifestou defesa da instalação. 

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