Após pressão de governadores e do STF, Anvisa marca reunião para avaliar uso da vacina Sputnik V no Brasil

Prazo determinado pelo STF para que a agência sanitária avalie a importação temporária da vacina russa encerra na próxima semana

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve se reunir nesta segunda-feira, 26, para avaliar os pedidos de importação da vacina russa contra covid-19 Sputnik V, feitos por estados e municípios. Dentre os estados está o Ceará, que negociou doses do imunizante russo em complemento ao Plano Nacional de Imunização (PNI), em março passado.

Segundo o órgão, a reunião foi marcada em razão do prazo de 30 dias, que se encerra próxima semana, definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para que a agência reguladora emita um parecer sobre a autorização emergencial ou registro da vacina contra a covid que ainda não foi aprovada no Brasil.

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A Anvisa chegou a recorrer da decisão do ministro do STF Ricardo Lewandowski, na última terça-feira, 20, pedindo a suspensão do prazo estipulado até que o órgão obtenha dados suficientes sobre o imunizante junto ao laboratório responsável pela sua produção.

A agência também já negou um pedido de uso emergencial da Sputnik V protocolado em janeiro, alegando falta de documentos básicos para liberação. Em março, a Anvisa fez um pedido à União Química, laboratório representante da vacina no Brasil, solicitando os documentos necessários, mas eles ainda não foram entregues.

Segundo o órgão, “no caso da Sputnik V, o relatório técnico da agência sanitária respectiva não foi publicizado e, mesmo com as diligências e pedidos feitos, inclusive junto à Autoridade Russa, não foi possível obtê-lo até o momento”.

Na próxima terça-feira, 27, a Anvisa fará outra reunião, para deliberar sobre o pedido de uso emergencial da combinação dos medicamentos biológicos banlanivimabe e etesevimabe, do laboratório Eli Lilly do Brasil Ltda, no tratamento da Covid-19.

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