Leonardo da Vinci era "elefante branco", diz secretário

Segundo Cabeto Martins, da forma como estava antes da chegada do Estado, o Leonardo da Vinci não iria conseguir se manter em funcionamento

O secretário da Saúde do Ceará, Cabeto Martins, defendeu nesta terça-feira, 13, legalidade da aquisição do Hospital Leonardo da Vinci, desapropriado pela gestão Camilo Santana (PT) em novembro de 2020 para transformação em unidade de referência para a Covid-19.

Segundo o secretário, da forma como estava antes da chegada do Estado, o Leonardo da Vinci era um “elefante branco” e que não iria conseguir se manter em funcionamento. “Há oito anos o proprietário não vinha conseguindo colocar em funcionamento”, disse Cabeto em entrevista ao jornalista Jocélio Leal na Rádio O POVO/CBN.

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“Ele entrava com liminares, tentava vender para outras instituições nacionais e não conseguia”, diz, destacando que o governo tentou adquirir o hospital antes mesmo da pandemia, mas que optou por alugar o prédio com a chegada da Covid-19. “Depois, colocamos ao proprietário que era muito importante que o Estado adquirisse o hospital, já que aquilo era um elefante branco, que não ia funcionar, que estava deteriorando o prédio”.

O médico e empresário Boghos Boyadjian, sócio da empresa que até novembro era proprietária do Hospital Leonardo da Vinci, hoje integrado à rede pública de saúde do Estado, questiona o processo de desapropriação da unidade pelo Governo do Ceará.

O hospital, fundado em 2018 por iniciativa de uma empresa privada, foi alugado pela gestão Camilo Santana (PT) em março do ano passado, logo no início da pandemia de Covid-19 no Estado. Transformado em unidade de referência para tratamento do novo coronavírus, o hospital foi adquirido de forma definitiva em 26 de novembro, dias antes das eleições.

“O que nos surpreendeu foi a desapropriação do Hospital a nossa revelia, durante a vigência da locação. Até porque seria muito mais econômico para o Estado prorrogar o aluguel”, disse Boghos em uma publicação nas redes sociais. Na nota, ele destaca caráter “unilateral” de desapropriações e relaciona à prática à “Alemanha do período nazista”.

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