Em resposta a adversários, Cid Gomes afirma que não votou contra auxílio emergencial

Segundo o senador cearense, ele votou apenas contra o corte de gastos para a criação do novo auxílio emergencial. Segundo ele, um outro projeto tratando especificamente do benefício será enviado ao Congresso

O senador Cid Gomes (PDT) foi às redes sociais para explicar os motivos que o levaram a votar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, aprovada pelo Senado na semana passada. O Texto prevê mecanismos para a contenção de gastos públicos e a liberação de nova rodada do auxílio emergencial no País. O parlamentar acusou o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de utilizar a votação para "chantagear" senadores.

Nos últimos dias, parlamentares de grupo opositor no Estado criticaram Gomes pelo voto contrário à proposta. Dentre eles o deputado federal Capitão Wagner, líder do Pros na Câmara. “O Ceará e o Brasil não podem esquecer quem ficou contra o povo. A verdade sempre aparece!”, disse, lembrando que os outros senadores cearenses, Tasso Jereissati (PSDB) e Eduardo Girão (Podemos), votaram a favor do texto.

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— Capitão Wagner (@capitao_wagner) March 5, 2021

Em vídeo publicado no Twitter, Cid rebateu acusando “a turma do Bolsonaro” de estar mentindo e justificou o voto. “A emenda votada no Senado era um ato de desumanidade. Tira dinheiro da saúde, da educação, da ciência e tecnologia. Sai fazendo muita coisa que o Brasil não precisa. O projeto tinha 300 linhas, sabe quantas falavam de auxílio emergencial? Uma. Dizendo quanto que o governo pode gastar (R$ 44 bilhões)”.

E seguiu declarando que o projeto que trata de auxílio ainda será enviado ao Congresso. "Aí a gente vai ver quem são os amigos do Bolsonaro aqui no Ceará (...) Nessa hora eu votarei para que o auxílio emergencial seja o ano inteiro e de R$ 600 reais, eles deverão votar para que seja por quatro meses e R$ 250. Aí a gente vai ver de fato quem é que é contra o povo”, rebateu.

Durante a tramitação da matéria, um grupo de senadores da oposição, dentre eles Cid, tentou desvincular os temas, fazendo com que apenas o auxílio fosse votado no primeiro momento, deixando os trechos sobre contenção de gastos para depois; sem sucesso. Parte da oposição votou contra a PEC por discordar da vinculação do auxílio emergencial à admissão de novas regras de ajuste fiscal.

Mais do que uma condição do governo Bolsonaro para retomar o auxílio, a PEC é uma aposta para cortar gastos, pois cria mecanismos de ajuste fiscal para União, estados e municípios. O parecer prevê o acionamento de gatilhos, mecanismos que obrigam governantes a congelar gastos, como salários e subsídios, quando a despesa obrigatória superar 95% do total. Na prática, o governo federal pagará o auxílio emergencial com a garantia de poder conter despesas com o funcionalismo público.

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