Em resposta a adversários, Cid Gomes afirma que não votou contra auxílio emergencial
Segundo o senador cearense, ele votou apenas contra o corte de gastos para a criação do novo auxílio emergencial. Segundo ele, um outro projeto tratando especificamente do benefício será enviado ao CongressoO senador Cid Gomes (PDT) foi às redes sociais para explicar os motivos que o levaram a votar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, aprovada pelo Senado na semana passada. O Texto prevê mecanismos para a contenção de gastos públicos e a liberação de nova rodada do auxílio emergencial no País. O parlamentar acusou o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de utilizar a votação para "chantagear" senadores.
Nos últimos dias, parlamentares de grupo opositor no Estado criticaram Gomes pelo voto contrário à proposta. Dentre eles o deputado federal Capitão Wagner, líder do Pros na Câmara. “O Ceará e o Brasil não podem esquecer quem ficou contra o povo. A verdade sempre aparece!”, disse, lembrando que os outros senadores cearenses, Tasso Jereissati (PSDB) e Eduardo Girão (Podemos), votaram a favor do texto.
Seja assinante O POVO+
Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.
AssineA verdade sempre aparece: Veja quem votou contra o auxílio emergencial: Cid Gomes. Pra ser mais exato( votou contra no primeiro turno e faltou ao segundo turno ). O correio brasiliense mostrou a relação. Tasso e Eduardo Girão votaram a favor e o único cearense contra foi o Cid. pic.twitter.com/717cHXZIWf
Em vídeo publicado no Twitter, Cid rebateu acusando “a turma do Bolsonaro” de estar mentindo e justificou o voto. “A emenda votada no Senado era um ato de desumanidade. Tira dinheiro da saúde, da educação, da ciência e tecnologia. Sai fazendo muita coisa que o Brasil não precisa. O projeto tinha 300 linhas, sabe quantas falavam de auxílio emergencial? Uma. Dizendo quanto que o governo pode gastar (R$ 44 bilhões)”.
E seguiu declarando que o projeto que trata de auxílio ainda será enviado ao Congresso. "Aí a gente vai ver quem são os amigos do Bolsonaro aqui no Ceará (...) Nessa hora eu votarei para que o auxílio emergencial seja o ano inteiro e de R$ 600 reais, eles deverão votar para que seja por quatro meses e R$ 250. Aí a gente vai ver de fato quem é que é contra o povo”, rebateu.
O projeto que prevê o auxílio emergencial ainda será votado e eu defenderei R$ 600,00 durante todo o ano de 2021. Os bolsonaristas que estão espalhando mentiras certamente votarão por um auxílio de R$ 250,00 em apenas quatro parcelas. Nesse momento vamos ver quem é contra o povo. pic.twitter.com/8ajWT19XIJ
— Cid Gomes (@senadorcidgomes) March 6, 2021
Durante a tramitação da matéria, um grupo de senadores da oposição, dentre eles Cid, tentou desvincular os temas, fazendo com que apenas o auxílio fosse votado no primeiro momento, deixando os trechos sobre contenção de gastos para depois; sem sucesso. Parte da oposição votou contra a PEC por discordar da vinculação do auxílio emergencial à admissão de novas regras de ajuste fiscal.
Mais do que uma condição do governo Bolsonaro para retomar o auxílio, a PEC é uma aposta para cortar gastos, pois cria mecanismos de ajuste fiscal para União, estados e municípios. O parecer prevê o acionamento de gatilhos, mecanismos que obrigam governantes a congelar gastos, como salários e subsídios, quando a despesa obrigatória superar 95% do total. Na prática, o governo federal pagará o auxílio emergencial com a garantia de poder conter despesas com o funcionalismo público.