Araújo diz que invasores do Capitólio são "cidadãos de bem"

Ministro comentou em seu Twitter episódio do dia 6 de janeiro, quando extremistas pró-Trump invadiram o Congresso Norte-americano durante formalização da posse de Joe Biden

Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, comentou sobre as eleições nos Estados Unidos e a confusão no Congresso Norte-americano no último 6 de janeiro, quando extremistas pró-Trump invadiram o Capitólio durante formalização da vitória do presidente-eleito Joe Biden

No Twitter, Araújo disse que é preciso lamentar e condenar a invasão, investigar se houve participação de pessoas infiltradas e investigar a morte de quatro pessoas no ato. O ministro acrescentou que há de se reconhecer que "grande parte do povo americano se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral".

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Ainda de acordo com o ministro, é necessário distinguir "processo eleitoral" e "democracia". Na opinião de Araújo, duvidar da idoneidade de um processo eleitoral não significa rejeitar a democracia. "Ao contrário, uma democracia saudável requer, como condição essencial, a confiança da população na idoneidade do processo eleitoral", afirmou.

Desde os resultados das eleições, o candidato derrotado, Donald Trump, critica o que considera fraude no processo eleitoral. Ele chegou a participar de uma das manifestações e incitou seus apoiadores a irem para as ruas - mesmo em momento de pandemia. "Por favor apoiem nossa Polícia do Capitólio e as Forças de Segurança. Eles estão de fato do lado do nosso país. Permaneçam pacíficos!", tuitou.

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O chanceler brasileiro, ainda na rede social, chamou os invasores de "cidadãos de bem" e disse que é preciso parar de chamar de “fascistas” quando indivíduos se manifestam contra elementos do sistema político ou integrantes das instituições. "Deslegitimar o povo na rua e nas redes só serve para manter estruturas de poder não democráticas e seus circuitos de interesse", completou.

Araújo afirmou ainda que nada justifica uma invasão como a ocorrida nos EUA, mas que, ao mesmo tempo, "nada justifica, numa democracia, o desrespeito ao povo por parte das instituições ou daqueles que as controlam". "O direito do povo de exigir o bom funcionamento de suas instituições é sagrado. Que os fatos de ontem em Washington não sirvam de pretexto, nos EUA ou em qualquer país, para colocar qualquer instituição acima do escrutínio popular", concluiu.

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