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Heitor Férrer pressiona Governo do Ceará por saída de Arialdo do Turismo

"Essa, e não outra, é a resposta que espera o povo cearense do Governo do Estado do Ceará, que não poderia compactuar, de maneira alguma com a provável prática criminosa por parte de seu secretário"
19:29 | Dez. 04, 2020
Autor Carlos Holanda
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Carlos Holanda Repórter
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Tipo Notícia

O deputado estadual Heitor Férrer (SD) pediu nesta sexta-feira, 4, a exoneração do secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho. Ele protocolou requerimento na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) no qual afirma que o afastamento do titular da pasta dará mais "lisura" ao andar das investigações.

Arialdo Pinho foi alvo de busca e apreensão no âmbito da Operação Onzenário, da Polícia Federal (PF) realizada nesta quinta-feira. Quatro endereços ligados a ele foram visitados pela PF. Com o passaporte retido, ele está impedido de sair do Brasil.

LEIA TAMBÉM: Como funcionavam os empréstimos consignados no Ceará e por que são alvos da Polícia Federal

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"Diante de tais circunstâncias fáticas, que denotam fortes indícios da prática criminosa - e a considerar o silêncio da parte do Governo do Estado do Ceará (que até o presente momento se queda inerte) - requer-se o afastamento do Sr. Arialdo Pinho do cargo de Secretário do Turismo do Ceará, à luz da moralidade administrativa e até para fins de conferir maior lisura durante as investigações envolvendo a sua pessoa", escreve Férrer no requerimento. 

E adiciona: "Essa, e não outra, é a resposta que espera o povo cearense do Governo do Estado do Ceará, que não poderia compactuar, de maneira alguma, com a provável prática criminosa por parte de seu secretário."

A PF investiga supostas fraudes em empréstimos consignados para servidores públicos do Estado. Ex-genro de Arialdo, Luiz Antônio Ribeiro Valadares, o Zé do Gás, foi preso nessa quinta-feira. A PF verificou salto de R$ 2 milhões para R$ 49 milhões no patrimônio dele, entre 2008 e 2009. As origens dos valores são desconhecidas.  

Bruno Barbosa Borges, outro implicado no suposto esquema, era sócio de Zé do Gás na Promus. Juntamente com a ABC (Administradora Brasileira de Cartões S.A), a empresa atuava na oferta de crédito consignado a servidores. Borges já foi proprietário da ABC e também está na carceragem da PF.

Procurado, o Governo ainda não se manifestou.  Na fachada da sede da PF, Férrer questionou os motivos pelos quais Borges e Valadares estão ali sem que Pinho, para ele o protagonista do suposto esquema, também não esteja.  

"Agora, os dois estão presos e o Arialdo veio apenas prestar o depoimento e voltou pra casa pra continuar sendo secretário do Camilo Santana. O que é que explica isso? Os dois executores estão aqui recolhidos, e o mandante intelectual do crime está solto. Será que não tem provas?", questionou em tom de protesto. As denúncias foram levantadas por Férrer em 2011, na Assembleia Legislativa.

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