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Fortaleza tem 3ª eleição mais apertada do País

Nas quatro capitais, menos de 4% dos eleitores foram decisivos para eleger os próximos prefeitos
11:41 | Nov. 30, 2020
Autor Catalina Leite
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Catalina Leite Repórter do OP+
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Tipo Notícia

Em Cuiabá, capital de Mato Grosso, 6.094 eleitores foram cruciais para garantir a reeleição de Emanuel Pinheiro (MDB) contra Abílio (Podemos), na eleição mais acirrada entre as capitais de 2020. A diferença entre os candidatos foi de 2,3 pontos percentuais, favorecendo o candidato do MDB com total de 51,15% dos votos.

Por lá, as campanhas estiveram lado a lado desde o primeiro turno. Na ocasião, Abílio estava à frente, com 33,72% dos votos - seguido de Emanuel, com 30,64%. Apenas 3,08 pontos percentuais de diferença, que virou a favor do atual prefeito no segundo turno.

Além de Cuiabá, outras três capitais tiveram prefeitos eleitos que estavam grudados no perdedor, entre elas Fortaleza, em terceiro lugar. Antes da capital cearense, Manaus (AM) apresentou a segunda votação mais dividida. Na cidade nortista, a diferença entre vencedor e perdedor foi de 2,5 pontos percentuais (23.223 votos de diferença).

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Amazonino Mendes (Podemos) tentava se eleger pela quarta vez não consecutiva como prefeito de Manaus. Ele esteve à frente da administração da capital de 1983 a 1986, depois de janeiro de 1993 a abril de 1994 e então de 2009 a 2013. No entanto, para 466.970 eleitores, o momento deveria ser do adversário, David Almeida (Avante), eleito com 51,27% dos votos.

“Com uma diferença mínima, a gente perdeu a eleição. Mas isso não invalida a convergência de pensamento por uma cidade melhor, uma vida mais tranquila, mais segurança, mais paz, mais perspectiva de progresso”, discursou Amazonino em vídeo publicado nas redes sociais. Nele, o candidato e também ex-governador do Amazonas afirma que “provavelmente” esta seria sua última disputa eleitoral.

Fortaleza e Belém

 

Em Fortaleza, Capitão Wagner (Pros) chegou a questionar as pesquisas eleitorais ao admitir a derrota. Para ele, se as pesquisas tivessem apresentado o cenário real das eleições, mais pessoas teriam apostado em sua candidatura. Capitão Wagner perdeu para José Sarto (PDT) por uma diferença de 3,4 pontos percentuais dos votos. A diferença corresponde a 43.760 eleitores fortalezenses. Essa foi a eleição de segundo turno mais apertada da história de Fortaleza.

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Já no Pará, Belém elegeu a segunda candidatura do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) em capitais - a primeira foi em Macapá (AP), no ano de 2013. A partir de janeiro de 2021, Edmilson Rodrigues será o prefeito da capital paraense, graças a uma diferença de 26.628 eleitores (3,5 pontos percentuais) contra o adversário, Delegado Federal Eguchi (Patriota).

No total, Edmilson levou 51,76% dos votos, enquanto Eguchi levou 48,24%. Essa é a terceira vez que Edmilson comandará a Prefeitura de Belém. Em 1997 e 2004, ele era afiliado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Eguchi chegou a receber apoio explícito do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).

Todos os dados eleitorais são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

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