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Frota denuncia à PF envolvimento de filhos de Bolsonaro no envio massivo de fake news e em ataques ao STF

O deputado federal, Alexandre Frota (PSDB) teria relatado à Polícia Federal o envolvimento do filho 01 do presidente da República com esquema de propagação de notícias falsas e ataques ao STF
23:57 | Out. 06, 2020
Autor Alan Magno
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Alan Magno Estagiário de jornalismo
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Tipo Notícia

Alexandre Frota (PSDB), deputado federal pelo estado de São Paulo, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) na última semana sobre a investigação que busca esclarecer quem são os responsáveis pela organização e financiamento de atos antidemocráticos no Brasil. Frota falou à PF na terça-feira, 29 de setembro, e, segundo informações do jornal Folha de São Paulo, teria relatado envolvimento de Eduardo e Carlos Bolsonaro com a gestão e envio em massa de notícias falsas (fake news). Parte dos materiais divulgados em massa por eles conteria informações sobre a organização de protestos em ataque aos membros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O filho 01 do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), Eduardo, teria envolvido mais direto no caso. Ocupando uma posição de liderança dentro do esquema, segundo Frota teria relatado à PF, Eduardo Bolsonaro, seria responsável pela orientação e organização de atos antidemocráticos, que além de propagar informações falsas, atacavam o STF.

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Como parte do depoimento, segundo expôs a Folha de São Paulo, Frota teria apresentado à PF dados cibernéticos que comprovariam que os computadores de onde partiram orientações para os atos, bem com as organizações dos ataques a instâncias superiores da democracia, estariam relacionados a endereços de Eduardo Bolsonaro ou de assessores dele.

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Ainda relatando o envolvimento de Eduardo, Alexandre Frota teria mencionado que o irmão, Carlos Bolsonaro, filho 02 do presidente, também ocupava uma posição de destaque no esquema antidemocrático. Carlos, que é vereador pelo partido Republicanos do Rio de Janeiro, também seria responsável por computadores de onde eram disparados as mensagens falsas e informações sobre como organizar os protestos contra o STF e em apoio ao pai, Jair Bolsonaro.

OBJETIVOS DO GABINETE DO ÓDIO

O objetivo das ações organizadas pela base mais extremista do governo era enfraquecer a honra dos presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo. O foco com as ações seria desmoralizar todos que poderiam se opor às decisões do presidente, Jair Bolsonaro.

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O “Gabinete do Ódio”, como ficou conhecido o conjunto de parlamentares e assessores suspeitos de organizar o disparo massivo de notícias falsas contra opositores do governo Bolsonaro, teve sua existência e atuação reconhecidos por Frota. Aos agentes da Polícia Federal que o interrogavam, o deputado teria destacado que o gabinete atuava com propósito de incitar discussões e animosidades entre as Forças Armadas, membros do STF, do Senado e também da Câmara dos Deputados.

As informações repassadas por Frota condizem com o que já foi apurado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga mensagens falsas e ataques virtuais, conhecida como CPI das Fake News. Os dados fornecidos por ele, ainda que colhidos em uma outra investigação, serão anexados no inquérito citado como informações complementares à apuração já feita pela PF.


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