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Fernando Haddad: "Volta às aulas deve ser vista cidade a cidade"

Em entrevista à Rádio O POVO CBN, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo também criticou postura do atual governo federal na pandemia e projetou cenário eleitoral para 2022
13:47 | Ago. 12, 2020
Autor Redação O POVO
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O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que a questão da volta às aulas “deve ser vista cidade a cidade”. Segundo ele, é necessário um debate articulado entre educadores, epidemiologistas e famílias para criar um protocolo de retorno onde e quando for oportuno. Durante entrevista à Rádio O POVO CBN, Haddad também criticou atuação do governo federal na pandemia e projetou o cenário eleitoral para 2022.

“Não é algo que se faça sem levar em consideração o cenário local. Os municípios brasileiros vivem situação muito diferente da pandemia, essas medidas também têm que levar em conta a infraestrutura de educação e saúde de cada local”, apontou Haddad sobre volta de atividades em escolas.

O ex-ministro culpa a postura do governo Bolsonaro pela prolongamento dos efeitos da pandemia e insegurança do retorno. “Nós não temos nada a comemorar, são 102 mil mortes (por Covid-19) e nove milhões de empregos perdidos. O País tem a pior política pública do mundo de enfrentamento ao vírus”, disse, apontando papel fundamental do Congresso Nacional no momento de crise.

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“Estamos sem ministro da Saúde, com a equipe econômica em debandada e no 4° ministro da Educação. O Congresso é que tem tomado para si a responsabilidade. Na educação, se não fossem os parlamentares, com a aprovação do Fundeb na Câmara, nós estaríamos liquidados”, declarou.

O petista projetou o cenário eleitoral em 2022, na qual acredita que terá similaridades com o pleito de dois anos atrás. Dentre os fatores que devem se repetir, Haddad salienta a polarização entre petismo e bolsonarismo. “Em todas as pesquisas que vi o candidato do PT está em 2º lugar. Hoje não vejo outra força para enfrentar esse desafio. No momento, o que existe no Brasil é o governo e o PT”, pontua, acrescentando que dois anos é tempo suficiente para organização de outras candidaturas.

Diferentemente do que ocorreu em 2018, quando o PT levou a possibilidade de ter o ex-presidente Lula como candidato até o último instante, a viabilidade da participação de Lula em 2022 deverá ocorrer “bem antes do pleito”, aponta o ex-ministro. “Nós levamos provas de que o julgamento de Moro não foi imparcial, devemos ter definições logo”, projetou Haddad, colocando-se como segundo nome do partido.

Sobre a fragmentação da esquerda e dificuldade da construção de uma frente ampla, e também questionado se o fator Ciro Gomes seria um impeditivo para acordo com o PDT em Fortaleza, Haddad desconversou e preferiu focar em personagens locais do PT com “projeção nacional”, como o governador Camilo Santana. “O que temos que construir é o 2° turno. É mais do que legítimo que os partidos tenham candidatos. O importante é construir a derrota da extrema direita em 2022”, concluiu.

 

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Posted by O POVO Online on Wednesday, August 12, 2020

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