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Antes de Atibaia, Queiroz ficou escondido no Guarujá, em apartamento da família de Wassef, diz jornal

Informação foi revelada em reportagem exclusiva da Rede Band de Televisão na noite desta quinta-feira, 25

Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, chegou a se esconder em um apartamento no Guarujá, antes de partir para Atibaia, segundo revelou reportagem exclusiva da Rede Band News de Televisão, na noite desta quinta-feira, 25. Queiroz foi abrigado em um imóvel pertencente à família de Frederique Wassef, ex-advogado de Flávio nos processos de investigação de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), envolvendo esquemas de “rachadinhas” com ex-parlamentares, como Queiroz.

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A presença de Queiroz em um apartamento no 10º andar do prédio Pitangueiras, na orla do Guarujá, litoral sul de São Paulo, foi comprovada por relatos de moradores. O apartamento de 200m², registrado no nome de Abraão Beirute, avô materno de Wassef, teria sido ocupado por Queiroz por cinco meses, após ele fazer uma cirurgia para remover um tumor no cólon, ainda em 2018.

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Com comportamento discreto, usando sempre boné e óculos escuros, Queiroz raramente saía do apartamento. As exceções eram quando ele descia até o hall de entrada do prédio para buscar comida que pedia via aplicativos de delivery, conforme relatos dos moradores que preferiram não ser identificados. “O pessoal do prédio foi perceber que era o Queiroz depois do Carnaval mais ou menos”, relatou um dos condôminos à Band.

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Mesmo durante suas saídas, o ex-parlamentar evitava interagir com qualquer pessoa, seja morador ou funcionários, revela a emissora. A chegada de Queiroz no prédio ocorreu entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Fato foi decisivo na dificuldade de reconhecimento do ex-assessor, pois, de acordo relatos, nessa época do ano é comum a grande circulação de pessoas desconhecidas pelos moradores no prédio, já que a maioria dos apartamentos destina-se ao aluguel de veraneio.

À época da presença de Queiroz no prédio, ele ainda não era considerado foragido da Justiça, mas era procurado pelo Ministério Público Federal (MPF) para ser intimado a depor na investigação de desvio de dinheiro da Alerj. O esquema de corrupção envolvia Queiroz e outros parlamentares ligados ao então deputado estadual do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro. Quem assistia juridicamente Flávio nesse processo era o advogado Frederique Wassef, dono dos imóveis onde Queiroz se escondeu da Justiça.

Wassef deixou a defesa de Flávio, no último domingo, 21, após o aumento das suspeitas de que ele foi o responsável por ocultar o paradeiro de Queiroz e assim obstruir as investigações contra o filho 01 do presidente da República, Jair Bolsonaro. Durante o tempo em que Queiroz ficou em Guarujá, Wassef o visitou com relativa frequência, conforme pontuou a reportagem da Band News. “Todo mundo viu o Frederico, conhecido como Fred aqui no prédio, frequentando o edifício”, relatou um dos moradores.

O zelador do prédio, com quem os moradores afirmaram conversar constantemente sobre a presença de Queiroz e as visitas do advogado de Flávio Bolsonaro, afirmou que Wassef esteve presente pelo menos duas vezes no edifício. O zelador disse ainda que a esposa de Fred era quem mais frequentava o apartamento. Ao ser questionado sobre a rotina de Queiroz, ele voltou a falar que o advogado havia frequentado o prédio, fugiu da pergunta feita pela reportagem e encerrou a conversa.

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