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Cid compara amotinados da PM a grupo de "marginais"

Senador cearense falou sobre a crise na segurança pública do Ceará e o cenário político nacional, criticando o presidente Jair Bolsonaro e seu governo

O senador cearense Cid Gomes (PDT) comparou o grupo de policiais amotinados à porta do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM), em Sobral, onde no dia 19 de fevereiro deste ano foi baleado, a um coletivo de estupradores. A fala aconteceu no contexto de uma resposta sobre se se arrependia ou não de ter investido a bordo de uma retroescavadeira contra os paredistas.

"O homem são as circunstancias, seu temperamento, seus valores e a ocasião. Se eu fosse andando pela rua e me deparasse com grupo de marginais estuprando uma criança, pode ter certeza que, mesmo em minoria, iria agir, porque é da minha índole", ele disse aos jornalistas Tales Farias e Carla Araújo, ambos colunistas do UOL.

E complementou: "Então, mal comparando ou bem comparando, para mim é coisa muito parecida, eu fiz o que fiz."

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https://www.opovo.com.br/noticias/politica/2020/02/19/cid-gomes-e-baleado-em-sobral.html

Ainda sobre o episódio, o ex-governador justificou como motivação o "sentimento" em relação ao município, pelo qual disse se sentir grato e na "obrigação de defender".

Cid também fez menção ao movimento reivindicatório entre o final de 2011 e o início de 2012 quando, sob sua administração, o Estado também viveu dias sem o reforço de parte das forças de Segurança Pública do Ceará.

Foi naquele cenário que eclodiu para a vida política Capitão Wagner (Pros), deputado federal e pré-candidato a prefeito da Capital. A preço de hoje, é considerado o principal opositor do grupo político da família Ferreira Gomes no Ceará.

"Tinha também essa questão pessoal contra esse movimento, que é ilegal. A gente não pode admitir isso. Quem tem prerrogativa de andar armado é força policial, então a Constituição Federal e a dos estados impedem movimentos reivindicatórios (de agentes de segurança)", reforçou o pedetista.

Na conversa, embora o tom do senador não tenha sido de arrependimento pelo episódio, ele destacou não querer fazer apologia do gesto.

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