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General Ramos repudia possível golpe do Exército e diz para oposição não "esticar a corda"

O chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro também se manifestou sobre os protestos de rua contra o fascismo: "Me pareceu que eram petistas"
12:19 | Jun. 12, 2020
Autor Redação O POVO
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O general Luiz Eduardo Ramos, chefe da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou, em entrevista à revista Veja, que é ofensivo para os comandantes do Exército a hipótese de que a instituição vai quebrar a democracia. Ele ponderou, no entanto, que a oposição ao governo não deve “esticar a corda”.

Isso é relacionado, segundo Ramos, aos ataques que comparam o presidente a Hitler, além de uma possível cassação da chapa de Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Se o Congresso, que historicamente já fez dois impeachments, da Dilma e do Collor, não cogita essa possibilidade, é o TSE que vai julgar a chapa irregular? Não é uma hipótese plausível”, argumentou.

Ele ainda analisou os recentes protestos de rua que acontecem no País. Disse que o governo não se preocupa com os movimentos, porque “a rua não tem dono”, mas se incomodou com um movimento democrático que usa roupa preta. “Isso me lembra muito autoritarismo e black blocs. No domingo, fiquei disfarçado no gramado em frente ao Congresso observando o pessoal. Eles não usavam vermelho para não pegar mal. Mas me pareceu que eram petistas”, considerou.

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“É preciso superar esse ambiente de histeria”, diz Ramos

 

Para o general, o Brasil enfrenta uma tensão desnecessária entre as instituições. Ele disse que, embora respeite as decisões judiciais, discordou da forma como foi conduzido o seu depoimento pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). O caso da investigação se referia à suposta tentativa de interferência do presidente na Polícia Federal.

O militar ainda lamentou as mensagens vazadas do mesmo ministro do STF, que comparou o Brasil à Alemanha de Hitler. “Isso contribui para o clima de diálogo e para buscar uma harmonia entre os poderes? Acredito que não. Aí, o presidente sobe no cavalo e todo mundo critica. São sinais trocados. É preciso superar esse ambiente de histeria”, disse.

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