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Celso de Mello impõe sigilo e nega pedido de Flávio Bolsonaro para acessar depoimento de Paulo Marinho

Empresário será ouvido em inquérito que apura se Bolsonaro interferiu na PF
08:48 | Mai. 26, 2020
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Tipo Notícia

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs nessa segunda-feira, 25, sigilo ao depoimento que será prestado pelo empresário Paulo Marinho hoje, 26, atendendo a um pedido da Polícia Federal. Segundo o G1, o ministro ainda negou acesso do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) aos depoimentos do empresário e de Miguel Ângelo Braga Grillo, chefe de gabinete do congressista,

O empresário será ouvido nesta terça-feira, 26, na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, no inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na PF

A defesa de Flávio Bolsonaro pediu ao Supremo para acompanhar o depoimento, o que também foi negado. Pela decisão, os advogados de Sergio Moro e a Advocacia-Geral da União, (AGU) que representa o presidente Jair Bolsonaro, também não vão poder acompanhar os depoimentos.

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Na decisão, Celso de Mello afirmou que apenas o Ministério Público, "em sua condição de 'dominus litis"(do latim “dono do litígio”, ou seja, titular da ação), poderá acessar tais depoimentos, os respectivos termos e eventuais diligências de Polícia Judiciária subsequentes a tais declarações testemunhais.

Ex-aliado

Na última semana, Paulo Marinho já havia prestado depoimento sobre o suposto vazamento da operação Furna da Onça. Segundo o empresário, o senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, soube antecipadamente que seu ex-assessor, Flávio Queiroz, seria alvo de operação da Polícia Federal. 

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A operação levou à prisão de diversos parlamentares do Rio de Janeiro, em novembro de 2018. A defesa de Flávio nega a acusação. O chefe de gabinete do senador, Miguel Angelo Grillo, será ouvido na quarta-feira, 27, na PF em Brasília.

O inquérito no STF

O inquérito no qual será incluído o depoimento de Paulo Marinho foi aberto pelo ministro Celso de Mello em 27 de abril, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

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Três dias antes da abertura, no dia 24 de abril, o então ministro da Justiça, Sergio Moro, anunciou a demissão do cargo afirmando que Bolsonaro tentou interferir na PF. Conforme o ex-juiz, o presidente forçou a saída do então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, e cobrou a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

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