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Moro entrega à PF mensagens que trocou com Bolsonaro e deputada Carla Zambelli em rede social

O inquérito foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e vai investigar se as acusações de Moro são verdadeiras. Caso não sejam, o ex-ministro poderá responder na Justiça por denunciação caluniosa e crimes contra a honra
13:39 | Mai. 03, 2020
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Tipo Notícia

Fontes que participaram do depoimento que o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro prestou no último sábado, 2, disseram que a PF extraiu do telefone do juiz as provas que ele tinha exibido no "Jornal Nacional", como a conversa em WhatsApp com o presidente Bolsonaro e com a deputada Carla Zambelli. Segundo essas mesmas fontes, Moro forneceu algumas novas provas e, principalmente, indicou maneiras de conseguir outras.


As informações são da RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná, e do portal de notícias G1.


Um dia após o ex-ministro Sergio Moro mostrar as trocas de mensagens, o presidente Jair Bolsonaro não as contestou. Bolsonaro preferiu apenas lembrar que apoiou o ex-ministro da Justiça no episódio do vazamento de supostas mensagens de Moro pelo site "The Intercept Brasil".

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Depois de prestar um depoimento de mais de oito horas na Polícia Federal (PF), em Curitiba, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro fez a seguinte postagem no Twitter: "Há lealdades maiores do que as pessoais." A publicação foi feita na manhã deste domingo, 3.

No sábado, 2, Sergio Moro foi ouvido na PF. Ele foi questionado sobre as acusações de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir no trabalho da PF e em inquéritos relacionados a familiares. As acusações foram feitas pelo ex-ministro quando ele anunciou sua saída do governo, há uma semana.


O inquérito foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e vai investigar se as acusações de Moro são verdadeiras. Caso não sejam, o ex-ministro poderá responder na Justiça por denunciação caluniosa e crimes contra a honra.


O depoimento foi determinado pelo ministro Celso de Mello, relator do caso, e foi colhido presencialmente por delegados da PF e acompanhado pelos procuradores que tiveram autorização do ministro Mello.
São eles: João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita.


De acordo com informações da RPC, Moro prestou depoimento em uma sala ampla com a distância recomendada por causa do coronavírus e com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
O depoimento foi conduzido pela delegada Christiane Correa Machado, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq).



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