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"E daí?", responde Bolsonaro à seguidora que afirmou que possível indicado a PF é amigo dos seus filhos

O delegado Alexandre Ramagem foi chefe de segurança durante a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, em 2018
20:38 | Abr. 26, 2020
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) respondeu, neste domingo (26), ao comentário de uma usuária no Facebook que fala sobre a possível nomeação do delegado e chefe da Associação Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem a diretor-geral da Polícia Federal (PF). Após a internauta dizer que Ramagem é amigo dos filhos de Bolsonaro, e que seu nome foi indicado por eles, o chefe do Executivo escreveu: "E daí? Antes de conhecer meus filhos eu conheci Ramagem. Por isso deve ser vetado? Devo escolher alguém amigo de quem?", falou.

O nome de Ramagem foi levantado nessa sexta-feira (24). Ele foi chefe de segurança durante a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, em 2018. Desde então, a relação de amizade entre Ramagem e família do presidente cresceu. O delegado passou o Reveillón de 2019 ao lado do vereador Carlos Bolsonaro - que foi apontado pela PF como articulador de rede de notícias falsas durante a corrida presidencial do pai.

A polêmica envolvendo o cargo começou ainda na quinta-feira (23), quando o jornal Folha de S. Paulo afirmou que o agora ex-ministro Sergio Moro iria deixar a pasta por insatisfação com a provável demissão do então comandante à frente da PF, Maurício Valeixo. Nessa sexta, após a exoneração ser publicada, Moro confirmou sua saída do cargo, e acusou Bolsonaro de querer trocar o diretor para ter informações privilegiadas e interferir nas investigações.

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Horas depois, o presidente fez um pronunciamento ao lado de todos os seus ministros em que negou as alegações do ex-comandante da Operação Lava Jato. Bolsonaro ainda revelou que Moro condicionou a exoneração de Valeixo a sua futura indicação a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a decisão sobre o próximo chefe da PF está sendo reavaliada pelo Governo, que teme que escolher alguém próximo pode fortalecer as acusações de Moro. O martelo ainda não foi batido.

Do Jornal do Commercio para a Rede Nordeste

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