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No 7 de setembro, apoiadores de Bolsonaro vestem verde e amarelo e opositores vestem preto: vote em quem vence

Presidente pediu para brasileiros vestirem verde e amarelo durante solenidades do Dia da Pátria, repetindo gesto de Collor antes do impeachment, como Bolsonaro mesmo lembrou. Já os opositores prometem vestir preto

No primeiro Dia da Pátria de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) pediu para que os brasileiros vistam-se de verde e amarelo neste sábado, 7 de setembro. Sua intenção é “mostrar ao mundo” a soberania do País em relação à Floresta Amazônica. Por outro lado, oposição convoca manifestação com roupas pretas. Este 7 de setembro promete ser o da disputa entre preto contra verde amarelo nas ruas.

O pedido do presidente é uma tentativa de demonstrar união dos brasileiros, durante as celebrações do Dia da Independência do Brasil. A pretensão é que a população mostre apoio às ações do Governo Federal em relação às políticas direcionadas para o meio ambiente. O argumento é de que líderes mundiais percebam a força do Brasil nessa questão.

"A gente apela para quem estiver em Brasília, quem por ventura estiver no Rio de Janeiro, em São Paulo, que compareça de verde e amarelo. Eu lembro lá atrás que um presidente disse isso e se deu mal. Mas não é o nosso caso. O nosso caso é o Brasil, não é para me defender ou defender quem quer que seja. É para mostrar ao mundo que aqui é o Brasil, que a Amazônia é nossa", declarou na última terça-feira, 3.

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No que diz respeito ao presidente que “se deu mal”, Bolsonaro se referiu a Fernando Collor de Mello, no ano de 1991. À época, vivendo desgaste pelo iminente impeachment que sofreria, o mandatário brasileiro afirmou: “Vamos inundar este Brasil de verde e amarelo, mostrar nossas bandeiras, as cores que animam o nosso espírito. Assim estaremos mostrando onde está a verdadeira maioria.”

Todavia, naquele 7 de setembro, o maior movimento de oposição a Collor – os “caras-pintadas” – saiu às ruas de preto, como forma de contestação, pedindo a saída do presidente do poder. Em 29 de dezembro de 1992, ele renunciou à Presidência, instantes antes de o impeachment ser aprovado no Senado.

Assista quando Collor pediu para o povo vestir verde e amarelo:

Assista Bolsonaro pedindo para povo ir às ruas de verde e amarelo:

Em contraponto, opositores convocam ato similar ao de 27 anos atrás. Durante esta sexta-feira, 6, usuários subiram as hashtags “#Dia7EuVouDePreto” e “#Dia7DePretoNaRua”, no Twitter. Perfis da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), da ex-candidata à vice-presidência Manuela Dávila e dos deputados federais José Guimarães e Jandira Feghali compartilharam as mensagens.

Em vídeo que circula na rede social, o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki, explica que os estudantes estão chamando os brasileiros a se vestirem de preto. “Em luto e em luta pela Amazônia, pela educação e pelo Brasil. Vamos mostrar no dia 7 que patriota não é aquele que bate continência à bandeira americana”, afirma.

“#VoltaPT”

Ainda em oposição a declarações feitas pelo presidente, usuários tomaram o Twitter com a hashtag “#VoltaPT”. Disse Bolsonaro: "Estou recebendo muita crítica de gente que votou em mim. Se não acredita em mim, e continua fazendo esse trabalho de não acreditar, eu caio mais cedo, e mais cedo o PT volta." Como resposta, a tag ficou entre as mais lidas da rede social no Brasil durante esta sexta-feira.

 

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