Lindbergh se diz alvo de aloprados ligados a Cabral
Pré-candidato do PT ao governo do Rio, Lindbergh foi acusado, em reportagem da revista �poca, de envolvimento em corrupção quando era prefeito de Nova Iguaçu. A publicação afirmou ter tido acesso via PMDB aos documentos, tirados de investigação que corre no Supremo Tribunal Federal.
O presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani, negou responsabilidade pela veiculação, mas disse que o parlamentar petista "tem de responder à Justiça" pelas acusações.
A troca de acusações ocorre enquanto o grupo de Cabral tenta viabilizar a candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, ao Palácio Guanabara. O PMDB quer ter o apoio do PT local.
"Colocaram nas denúncias minha famÃlia, minha mãe, até meu pai, falecido há muito", queixou-se Lindbergh. "Assim me colocam no papel de assumir a oposição no Rio de Janeiro. Ã? uma consequência concreta", disse Lindbergh ao Estado. Anteontem, o senador contra-atacou, acusando o governo Cabral de não ter aplicado verbas já liberadas pelo governo federal para prevenção à s consequências de chuvas. Há uma semana, chuvas atingiram Petrópolis, matando 33 pessoas.
Ele classificou como infundadas e "requentadas" as acusações - baseadas em depoimentos de Elza Elena Barbosa Araújo, ex-chefe de Gabinete da Secretaria de Finanças de Nova Iguaçu, cidade de que Lindbergh foi prefeito por dois mandatos. A ex-funcionária disse que o petista cobrava propinas de até R$ 500 mil por contrato. "Temos resposta para tudo", afirmou Lindbergh, para quem os peemedebistas "querem jogar todo mundo na lama". "Que desespero é esse? Querem ganhar por W. O.?"
Â?AbstratoÂ?
Picciani procurou desvincular o PMDB das denúncias, mesmo diante da afirmação da revista de que os documentos teriam saÃdo da legenda. "PMDB é abstrato", disse. "Os dados são todos de um processo no Supremo. Lindbergh tem de responder à Justiça. O PMDB não tem nada a ver com isso." Cabral, em nota, também se desvinculou da origem das denúncias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.