Líder nega acordo para garantir comissão a pastor
Cunha rejeitou a tese de que, sob o comando do pastor, a comissão se afaste da sociedade civil. Feliciano é acusado de homofobia e racismo e foi eleito, na quinta-feira, em sessão fechada, longe dos protestos da véspera. "Não se pode impedir ninguém de ser presidente de comissão. Só esse grupinho que estava lá (na Câmara, protestando contra a escolha de Feliciano) é que dialoga? A comissão tem muitos temas a tratar: violência nos presídios, quilombolas, pedofilia, violência contra a mulher e também questões do movimento gay. Mas não pode ser monotemática", afirmou Cunha, também evangélico.
Segundo o líder, depois de vários acertos entre os partidos, restaram as presidências de apenas duas comissões, a de Direitos Humanos e a de Legislação Participativa. O PSC escolheu a primeira. "O PSC não reivindicou a Comissão de Direitos Humanos. Não foi por opção, foi por falta de opção. Como é um partido de maioria evangélica, foi escolhido um deputado evangélico. Minha participação foi fazer cumprir o acordo entre os partidos, nada além disso", disse Cunha. O líder afirmou que, na quarta-feira (6), ainda tentou que o PT abrisse mão da Comissão de Relações Exteriores, que passaria ao PMDB, e ficasse com Direitos Humanos. Com isso, o PSC ocuparia a Comissão de Fiscalização. "O PT não aceitou", contou.