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Ivo propõe reduzir atual ano letivo em 2 meses e aumentar carga horária no próximo

O objetivo, segundo o secretário municipal de Educação, é normalizar o sistema de ensino público em Fortaleza, prejudicado por conta das sequentes greves

12:18 | 07/02/2013

O secretário municipal de Educação, Ivo Gomes, apresentou nesta quinta-feira, na Câmara Municipal, proposta que reduz o calendário escolar relativo ao ano de 2012 em dois meses. Por causa da última greve, o encerramento das aulas se daria no dia 29 de abril. Com a proposta, ele seria antecipado para o dia 28 de fevereiro. Como contrapartida, no ano letivo de 2013, haveria cinco horas de aula por dia, ao invés de quatro. A ideia foi negociada com o Ministério Público.

Na tarde desta quinta-feira, 7, às 14 horas, Ivo Gomes irá assinar pacto para colocar a ideia em prática. O acordo será chancelado pelo MP, pelos sindicatos, redes de pais, Conselho Municipal de Educação e entidades da sociedade civil.

Segundo Ivo, a proposta tem como objetivo organizar o ano letivo e normalizar o calendário escolar. Só assim, segundo ele, será possível implementar políticas públicas para melhorar a qualidade da Educação de Fortaleza de forma integral.

A ideia foi aceita pela maioria dos integrantes da Comissão de Educação da Câmara, durante reunião fechada. Com exceção do vereador Guilherme Sampaio (PT). Ele cita o artigo 24 da Lei de Diretrizes e Base (LDB), que afirma que o ano letivo precisa ter 800 horas e 200 dias de aula. Com a redução do calendário, os estudantes perderiam cerca de 20% do conteúdo escolar.

Guilherme acrescenta que chegou a apresentar uma alternativa à proposta, com o acréscimo de uma hora por dia nas aulas já no atual ano letivo, relativo a 2012. Contudo, Ivo teria se recusado a escutar a ideia.

O titular da pasta de Educação, por sua vez, alega que a decisão foi tomada após muitas reuniões com professores, pais de alunos e dirigentes escolares. Ninguém teria se oposto à ideia.

O POVO apurou que houve bate-boca entre Ivo e Guilherme Sampaio por conta do assunto. O secretário teria dito que o petista passou toda a gestão Luizianne Lins "fazendo política em torno do sistema municipal de Educação". E que não iria aceitar nenhum tipo de interferência política em sua gestão.

Reforçando a proposta da Secretaria de Educação, o líder do governo na Câmara, vereador Evaldo Lima (PCdoB), afirma que Ivo Gomes ouviu todas as instâncias ligadas à área de ensino, como o Ministério Público, o Ministério da Educação (MEC), Conselho Municipal de Educação e Sindicato dos professores. "Foi uma construção com muito diálogo. Não foi imposto do nada", defende, ressaltando que, hoje, Fortaleza possui quatro calendários escolares. "Há urgência em uniformizar isso", completa.

Redação O POVO Online

com informações dos repórteres

Carlos Mazza e Raquel Maia

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