Briga por nome de estrada provoca acirrado debate na Assembleia Legislativa
Fernanda Pessoa queria batizar a rodovia CE-355 com o nome da tribo Pitaguari. Lucílvio Girão defendeu que a via tivesse o nome de seu pai, Luiz Girão. Venceu a segunda proposta
A Assembleia Legislativa do Ceará foi palco nesta quinta-feira, 21, de um longo e intenso debate sobre a denominação de uma estrada cearense: a CE-350, que liga os municípios de Pacatuba, Maracanaú e Maranguape. A deputada Fernanda Pessoa (PR), autora do primeiro projeto sobre o tema, defendeu que a rodovia fosse batizada com o nome da tribo Pitaguari. Já Lucílvio Girão (PMDB) desejava batizar a via com o nome de seu pai, Luiz Girão. Acabou vencendo a proposta do peemedebista.
Logo no início da discussão, Fernanda reclamou que seu projeto foi aprovado, ainda em 2011, pela procuradoria da Casa, mas em seguida rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), após parecer negativo do relator da proposta, Wellington Landim (PSB).
Segundo a parlamentar, a decisão do peessebista foi motivada por questões políticas, que teriam sido confirmadas por ele próprio. "Eu dei o parecer contrário ao seu projeto pelas divergências políticas que tenho com seu pai Roberto Pessoa. Ele foi a Brejo Santo prejudicar meu filho. E sangue é sangue", teria dito o deputado Wellington Landim, que não participou da sessão desta quinta-feira.
Fernanda acrescentou ainda que os índios Pitaguari cederam parte de suas terras para a construção da rodovia, o que justificaria a homenagem. Outros parlamentares, como o deputado Augustinho Moreira (PV), acrescentaram que, como prevê o Regimento Interno da Casa, no caso de projetos apresentados com o mesmo teor, o que foi apresentado primeiro tem prioridade.
O autor do outro projeto, aprovado na CCJ e que foi para votação em plenário, argumentou que a obra só foi construída graças a um pedido seu ao governador Cid Gomes (PSB), antes não atendido pelo então comandante do Estado, Lúcio Alcântara (ex-PSDB, hoje no PR). "Vamos colocar o nome do grande homem que foi Luiz Girão. Em Maranguape ele só fez o bem, foi o maior comerciante da região. Era um homem tão bom que bem antes do fim do mês pagava seus impostos para a prefeitura ter um dinheirozinho para fazer algumas obras", destacou.
Para tentar dar uma solução ao impasse, Fernando Pessoa chegou a apresentar uma sugestão salomônica: metade da estrada se chamaria Pitaguari, e a outra Luiz Girão. Ely Aguiar (PSDC) chegou a sugerir que a via tivesse um nome na ida e outra da volta. Nenhuma das ideias foi acatada e o projeto de autoria do deputado Lucílvio Girão foi aprovado, com abstenções dos parlamentares Lula Morais (PCdoB), Mirian Sobreira (PSB) e Ronaldo Martins (PRB), e votos contrários de Fernanda Pessoa, Carlomano Marques e Eliane Novais (PSB).
Logo no início da discussão, Fernanda reclamou que seu projeto foi aprovado, ainda em 2011, pela procuradoria da Casa, mas em seguida rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), após parecer negativo do relator da proposta, Wellington Landim (PSB).
Segundo a parlamentar, a decisão do peessebista foi motivada por questões políticas, que teriam sido confirmadas por ele próprio. "Eu dei o parecer contrário ao seu projeto pelas divergências políticas que tenho com seu pai Roberto Pessoa. Ele foi a Brejo Santo prejudicar meu filho. E sangue é sangue", teria dito o deputado Wellington Landim, que não participou da sessão desta quinta-feira.
Fernanda acrescentou ainda que os índios Pitaguari cederam parte de suas terras para a construção da rodovia, o que justificaria a homenagem. Outros parlamentares, como o deputado Augustinho Moreira (PV), acrescentaram que, como prevê o Regimento Interno da Casa, no caso de projetos apresentados com o mesmo teor, o que foi apresentado primeiro tem prioridade.
O autor do outro projeto, aprovado na CCJ e que foi para votação em plenário, argumentou que a obra só foi construída graças a um pedido seu ao governador Cid Gomes (PSB), antes não atendido pelo então comandante do Estado, Lúcio Alcântara (ex-PSDB, hoje no PR). "Vamos colocar o nome do grande homem que foi Luiz Girão. Em Maranguape ele só fez o bem, foi o maior comerciante da região. Era um homem tão bom que bem antes do fim do mês pagava seus impostos para a prefeitura ter um dinheirozinho para fazer algumas obras", destacou.
Para tentar dar uma solução ao impasse, Fernando Pessoa chegou a apresentar uma sugestão salomônica: metade da estrada se chamaria Pitaguari, e a outra Luiz Girão. Ely Aguiar (PSDC) chegou a sugerir que a via tivesse um nome na ida e outra da volta. Nenhuma das ideias foi acatada e o projeto de autoria do deputado Lucílvio Girão foi aprovado, com abstenções dos parlamentares Lula Morais (PCdoB), Mirian Sobreira (PSB) e Ronaldo Martins (PRB), e votos contrários de Fernanda Pessoa, Carlomano Marques e Eliane Novais (PSB).