Ex-prefeito morto em 2008 é utilizado em campanha em MG
"Prezados eleitores de Mariana, mais uma vez peço: vote no 14, os candidatos da nossa coligação, para o bem de Mariana. Muito obrigado a todos", declara o ex-prefeito na gravação. O depoimento é apresentado por uma locutora como "homenagem" de Ram os com "uma mensagem sempre atual à família 14".
O ex-prefeito, que já havia comandado o município três vezes, foi executado com quatro tiros em maio de 2008. Dois meses depois, a Polícia Civil mineira acusou o empresário Francisco Assis Carneiro, o Chico da Farmácia, de ser o mandante do crime. Segundo a polícia, o suspeito teria encomendado o assassinado porque tinha intenção de disputar a eleição, mas Ramos se colocava novamente como pré-candidato.
Chico da Farmácia chegou a ser preso, mas foi solto por ordem da Justiça e ainda aguarda julgamento por júri popular, mas não abandonou os planos eleitorais. Atualmente, ele disputa as eleições no município pelo PMN. Após o assassinato, a viúva do ex-prefeito foi quem venceu as eleições, mas ela chegou a ser afastada do cargo duas vezes acusada de irregularidades.
No início da disputa eleitoral deste ano, lideranças políticas do município tentaram articular uma aliança que uniria Terezinha e Chico da Farmácia contra o ex-prefeito Celso Cota (PSDB), mas a coligação não vingou. A reportagem tentou falar com a ex-prefeita e o empresário, mas ambos estavam com os celulares desligados na tarde desta terça-feira (2).