Kremlin nega que ex-espião escreveu carta a Putin para ser perdoado
Um amigo de Skripal dos tempos de colégio, Vladimir Timoshkov, disse à BBC que o ex-espião ligou para ele em 2012 dizendo que gostaria de poder visitar a Rússia. Timoshkov disse que não manteve contato com Skripal após o colégio, mas que procurou Yulia quando seu pai foi preso por traição. "Em 2012 ele me ligou. Falamos por cerca de meia hora", disse Timoshkov à BBC. "Ele me ligou de Londres. Ele negou que fosse traidor." Segundo o amigo, Skripal disse que tinha escrito para Vladimir Putin para que ele o perdoasse e permitisse sua volta à Rússia. "Sua mãe, seu irmão e outros parentes estavam aqui."
A embaixada russa no Reino Unido negou a alegação e publicou no Twitter que, segundo um porta-voz do Kremlin, não houve nenhuma carta com esse pedido de Skripal para o presidente Putin.
Timoshkov disse ainda que seu amigo estava "arrependido" por ter sido um agente duplo porque "sua vida estava uma bagunça".
O envenenamento do ex-espião gerou uma crise diplomática, levando a União Europeia a convocar seu embaixador em Moscou para consultas. Além disso, vários países do bloco devem seguir o exemplo do Reino Unido e expulsar diplomatas russos que possam estar atuando como espiões. A Rússia respondeu expulsando diplomatas britânicos do país e fechando a organização cultural British Council. (Equipe AE)
Agência Estado