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Comerciantes na Venezuela se defendem de onda de saques após medidas econômicas

17:42 | 17/12/2016
Donos de comércios na Venezuela amanheceram neste sábado fazendo a guarda de seus pontos de venda para defendê-los de possíveis saqueadores após manifestações violentas terem começado na sexta-feira em várias localidades. Os atos ocorrem em protesto a medidas econômicas anunciadas pelo governo do presidente Nicolás Maduro.

Enquanto a Guarda Nacional tentava impedir as tentativas de roubo com uso de gás lacrimogêneo, os proprietários de lojas locais de Maracaibo guardavam por conta própria os seus negócios, armados com pedaços de madeira e pedras.

O secretário de Segurança do Estado de Zulia, Biagio Parisi, disse este sábado em sua conta no Twitter que os distúrbios estavam "controlados".

As manifestações começaram depois que Maduro informou que sairia de circulação a nota de 100 bolívares e que seria iniciado um processo de troca por notas de menor valor nominal. O presidente afirmou que a medida buscava combater o poder das máfias.

Adicionalmente, o governo fechou temporariamente as fronteiras com a Colômbia e o Brasil com o objetivo de combater o contrabando. A decisão agravou a escassez de alimentos e medicamentos em um país que lida com uma inflação de três dígitos.

Apesar do fechamento da fronteira, dezenas de venezuelanos derrubaram as barricadas instaladas na ponte Francisco de Paula Santander - que separa as cidades de Ureña na Venezuela e Cúcuta, na Colômbia. Eles tentavam buscar alimentos do outro lado da fronteira.

Maduro lamentou as ações violentas registradas. Ele disse neste sábado que foram identificadas por meio de fotos e vídeos as pessoas que "executaram ação destrutiva e criminal". Ele acusa a oposição ao governo de comandar os atos. Fonte: Associated Press.

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